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Em setembro, Vladimir Putin e Xi Jinping comentaram sobre pessoas viverem até 150 anos. Neste mês, palestrantes da Cúpula Internacional de Longevidade garantiram que estamos perto da imortalidade
Uma questão acompanha a comunidade científica desde o princípio: é possível prolongar a vida humana? / Freepik
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Uma questão acompanha a comunidade científica desde o princípio: é possível prolongar a vida humana?
"A pergunta-chave é: 'Podemos viver mais e com mais saúde?'", questiona o Dr. Mehmood Khan, CEO da Fundação Hevolution e um dos palestrantes da II Cúpula Internacional de Longevidade, realizada em Madri no dia 1º de outubro, data em que se celebra o Dia Mundial das Pessoas Idosas e da Longevidade.
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"Estamos pesquisando isso há muito tempo e, quando perguntamos às pessoas o que elas desejam - se apenas viver mais ou viver mais de forma saudável -, o que elas respondem é que querem permanecer funcionais, independentes e capazes de tomar suas próprias decisões", disse.
É sempre importante lembrar que especialistas preveem desde sempre que em breve sopraremos 150 velas de aniversário. E o melhor: sem doenças como Alzheimer, Parkinson ou infartos.
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"O objetivo é chegar aos 150 anos com vitalidade, porque acreditamos que o envelhecimento é reversível. Além disso, o primeiro ser humano que viverá 1.000 anos já nasceu", afirma José Luis Cordeiro, diretor da Cúpula Internacional de Longevidade, que acrescenta: "Já conseguimos rejuvenescer os olhos, e em breve chegaremos a outros órgãos".
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Ainda durante o congresso, os cientistas ousaram até prever o fim do câncer, algo inimaginável há algumas décadas: "Trinta anos atrás, havia muitos tipos de câncer sem cura; hoje, vários deles são tratáveis", disse o Dr. Khan.
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Já Cordeiro foi ainda mais longe: "Em 10 anos, acredito que vamos curar todos os cânceres. Isso graças aos avanços extraordinários da ciência. Além disso, doenças como Parkinson e Alzheimer serão cada vez mais controláveis. Para os incrédulos, 'eu digo: a mãe de todas essas doenças é o envelhecimento. Se conseguirmos curar o envelhecimento, poderemos esquecer esse tipo de enfermidade. A ciência já está trabalhando no controle e na reversão do envelhecimento'".
As previsões desses cientistas apontam para o ano de 2045 como marco para esses avanços. "E será acessível a todos, não será algo exclusivo para milionários", garante Cordeiro.
Frente à incredulidade que essas projeções otimistas podem despertar, ele argumenta:
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"Os avanços científicos sempre enfrentaram muita resistência no início. Quando Galileu afirmou que a Terra não era o centro do universo, nem mesmo do sistema solar, quiseram queimá-lo. Depois, ficou provado que o Sol era o centro. Com Darwin aconteceu o mesmo: quando o cientista afirmou que o homem descendia do macaco, os reis da Inglaterra disseram: 'Talvez você descenda do macaco. Nós viemos de Deus'".
E ele termina dizendo: "A longevidade sempre foi um grande sonho da humanidade. Nos primeiros registros escritos já havia referências à imortalidade. Agora, finalmente, temos a ciência para alcançá-la."