Boa parte da nostálgica estrutura da antiga Livraria Cultura foi mantida / Divulgação/Olavo Martins/Magalu
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Nesta terça-feira (9), o grupo Magalu inaugurou oficialmente a Galeria Magalu no espaço ocupado por décadas pela Livraria Cultura — um ponto de referência cultural no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. A reabertura transforma o local, mantendo porém traços simbólicos do passado, como as estruturas em madeira, as estantes e a emblemática escultura do “dragão”, que permanece sobre o salão principal.
O novo espaço reúne, sob o mesmo teto, cinco marcas do grupo: Magalu, Netshoes, KaBuM!, Época Cosméticos e Estante Virtual — e marca a estreia física desta última. A área destinada à Estante Virtual tem cerca de 100 m² e conta com cerca de 10 mil livros entre novos e de sebo. Apesar de o formato do marketplace tornar difícil a replicação exata do modelo digital, o grupo comprou acervos de sebos para viabilizar a oferta no espaço físico.
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Além dos livros, a Galeria foi planejada como um espaço híbrido de varejo, cultura e convivência. Há área infantil, totens digitais para recomendações de leitura, seção dedicada a obras raras e edições difíceis de encontrar, além de espaços para lançamentos, sessões de autógrafos, clube do livro e eventos literários regulares. Ao lado, uma unidade da cafeteria WeCoffee foi instalada com misturas exclusivas para o público da Galeria.
O local também preserva o antigo teatro — agora renomeado Teatro YouTube – Sala Eva Herz — e ganhou o Espaço Pina, galeria de arte que exibe obras do acervo da Pinacoteca de São Paulo, com curadoria de seu diretor-geral. A primeira exposição reúne artistas de diversas gerações e representa a intenção de integrar literatura, consumo, cultura e arte num mesmo ambiente.
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Segundo a presidente do conselho da Magalu, Luiza Helena Trajano, a iniciativa expressa um compromisso com a pluralidade cultural e com a manutenção de um espaço simbólico na Paulista. Em carta conjunta com o ex-gestor da Livraria Cultura, o grupo afirma que pretende “honrar a memória da Cultura” — preservando o espírito de encontro, pertencimento e convivência que a tradicional livraria havia criado para gerações paulistanas.