Testes acendem nova esperança na luta contra o envelhecimento das células / Freepik
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A ciência tem avançado a passos largos na tentativa de mudar algo que, até agora, parecia inevitável: o envelhecimento.
Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirmam que já conseguiram reverter esse processo em animais. O próximo passo será testar a técnica em humanos, com início previsto para o ano que vem.
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O trabalho é liderado por David Sinclair, professor da universidade, que tem se dedicado a estudar o envelhecimento celular e possíveis formas de revertê-lo. O método envolve o uso de terapias genéticas em conjunto com inteligência artificial.
Segundo Sinclair, essa combinação é capaz de fazer coisas que antes eram consideradas impossíveis. Os testes em laboratório conseguiram tornar células mais jovens e até curar doenças em animais.
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Os experimentos utilizaram camundongos e macacos-verdes como base. “Conseguimos reverter o envelhecimento em camundongos e macacos; os testes em humanos começarão no próximo ano”, disse o professor ao podcast Moonshots.
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Em camundongos, quatro semanas de tratamento com uma combinação de moléculas provocaram sinais ligados à juventude. Já nos macacos, os cientistas conseguiram rejuvenescer o nervo óptico.
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Essa nova fase da pesquisa se apoia em resultados anteriores, de 2020, quando o mesmo grupo conseguiu tratar casos de cegueira em animais, causados por danos no nervo óptico, usando técnicas similares.
Para isso, a equipe ativou de forma controlada alguns genes chamados fatores de Yamanaka, que têm a capacidade de reprogramar células adultas para um estado mais jovem.
Sinclair contou que, inicialmente, a ideia de “reprogramar” células era vista com desconfiança por muitos cientistas. Ainda assim, os experimentos recentes vêm mudando essa percepção.
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Com os testes bem-sucedidos em animais, a próxima etapa será aplicar a técnica em humanos. Os ensaios devem começar em breve, com foco em pacientes que tenham doenças nos olhos, como glaucoma e neuropatia óptica isquêmica.
De acordo com Sinclair, o olho foi escolhido por ser um órgão acessível e que permite uma avaliação clara dos resultados.
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Se os testes forem bem-sucedidos, os cientistas acreditam que a técnica pode abrir caminho para tratamentos mais amplos contra os efeitos do envelhecimento e doenças relacionadas.