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A partir de 2025, nenhum veículo importado poderá utilizar combustíveis fósseis. O objetivo é reduzir as emissões de CO
A Etiópia se tornou o primeiro país do mundo a proibir a importação de carros e caminhões movidos a gasolina ou diesel / Foto de Engin Akyurt/Pexels
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A COP30, conferência do clima da ONU, segue rendendo manchetes. Ao longo das duas semanas de evento, os países buscam um consenso sobre medidas para reduzir as emissões de gases poluentes. Agora, uma nação africana deu um passo histórico.
A Etiópia se tornou o primeiro país do mundo a proibir a importação de carros e caminhões movidos a gasolina ou diesel. A partir de 2025, nenhum veículo importado poderá utilizar combustíveis fósseis.
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O objetivo é reduzir as emissões de CO, mas também enfrentar a grave escassez de combustíveis e aliviar as pressões sobre a economia local. Atualmente, uma das maiores despesas do país é justamente a importação de derivados de petróleo, segundo o The Guardian.
Ao mesmo tempo, cerca de metade da população etíope ainda não tem acesso à eletricidade. A recém-inaugurada Represa do Renascimento, no rio Nilo Azul, deve ajudar a mudar esse cenário.
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De acordo com o governo, a usina, inaugurada em setembro, tem capacidade para abastecer todo o país.
"Temos um potencial enorme em energia renovável", afirmou o ministro dos Transportes da Etiópia, Bareo Hassen, ao The Guardian.
Vale lembrar que a Noruega praticamente já zerou a frota de carros que utilizam combustíveis fósseis, mas não vetou a importação deles.
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A Suécia e os demais países da União Europeia já haviam decidido que, a partir de 2035, novos carros não poderão emitir dióxido de carbono. Na prática, isso representa o fim da venda de veículos movidos a gasolina e diesel.
É importante lembrar também que a Hyundai já estuda uma forma de dar adeus aos carros elétricos, a gasolina e a diesel.
A ministra sueca do Meio Ambiente e Clima, Romina Pourmokhtari (Partido Liberal), considera a eletrificação da frota essencial para a transição verde.
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"A combustão é apenas um parêntese na história e todos precisam entender isso", afirmou ao jornal GP no início do ano passado.
Os partidos que compõem a coalizão sueca, porém, não estão alinhados no tema. Os democratas suecos são fortemente contrários ao banimento, enquanto o partido Democratas Cristãos já sinalizou que pode revisar ou até tentar derrubar a decisão.