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É possível ver baleias no litoral de SP? USP diz que sim e revela onde; confira

Mais de 30 espécies de cetáceos já foram vistas na região, e algumas chegam tão perto que podem ser observadas da areia

Agência Diário

Publicado em 15/08/2025 às 10:00

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Baleias são visitantes frquentes da costa paulista / Foto: Projeto Baleia à Vista/Julio Cardoso

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Quem caminha pela praia no litoral de São Paulo nem imagina que, bem perto dali, gigantes marinhos deslizam sob as ondas. E a lista de espécies que passam pela região pode surpreender até os mais apaixonados pelo mar.

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Marcos César de Oliveira Santos, professor do Instituto Oceanográfico da USP, afirma que já foram registradas 30 espécies de cetáceos na costa paulista, incluindo visitantes ocasionais e moradores fixos.

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O pesquisador lembra que, por muito tempo, o mar ficou fora do foco dos estudos.

“O mar ficou esquecido por um tempo, porque é como se, ao lado desses cientistas, tivesse um barril de ouro nos biomas terrestres, enquanto o oceano estava lá longe, desconhecido", disse ao Jornal da USP.

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Quem caminha pela praia no litoral de São Paulo nem imagina que, bem perto dali, gigantes marinhos deslizam sob as ondas / Fotos: Divulgação
Quem caminha pela praia no litoral de São Paulo nem imagina que, bem perto dali, gigantes marinhos deslizam sob as ondas / Fotos: Divulgação
Já foram registradas 30 espécies de cetáceos na costa paulista, incluindo visitantes ocasionais e moradores fixos
Já foram registradas 30 espécies de cetáceos na costa paulista, incluindo visitantes ocasionais e moradores fixos
O pesquisador lembra que, por muito tempo, o mar ficou fora do foco dos estudos
O pesquisador lembra que, por muito tempo, o mar ficou fora do foco dos estudos
Entre os visitantes, estão baleias-jubarte, cachalotes, golfinhos, botos e até orcas
Entre os visitantes, estão baleias-jubarte, cachalotes, golfinhos, botos e até orcas
Essas aparições mostram que o litoral paulista é muito mais que um destino turístico
Essas aparições mostram que o litoral paulista é muito mais que um destino turístico

Encontros inesperados no mar

Entre os visitantes, estão baleias-jubarte, cachalotes, golfinhos, botos e até orcas. “Temos registros de espécies que aparecem todos os anos e outras que chegam apenas em determinadas épocas”, contou o professor. Veja os cinco melhores pontos para avistamento.

O estuário de Cananeia, no extremo sul do estado, é um ponto privilegiado para observar botos em terra firme. “É possível vê-los de longe, sem interferir no comportamento deles, o que é fundamental para a preservação.”

Essas aparições mostram que o litoral paulista é muito mais que um destino turístico: ele também é um corredor vital para a fauna marinha brasileira.

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Sobre este tema, assista a um vídeo produzido pelo canal Vive Viajando - Camila, no YouTube:

Por que eles vêm até aqui?

Segundo Marcos, as águas paulistas oferecem alimento e áreas de descanso para várias espécies migratórias. “Temos a missão de trazer o conteúdo do oceano para a sala de aula, para que os jovens entendam que isso tudo acontece bem perto deles.”

A diversidade também se explica pela produtividade do mar e pela presença de ilhas, canais e estuários. Esses ambientes garantem abrigo, mas também exigem cuidado contra ameaças como a poluição e o excesso de ruído.

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“A aproximação de embarcações pode ser muito prejudicial. Mesmo quando há boa intenção, o contato humano é estressante para esses animais”, alerta o pesquisador.

Como agir ao avistar uma baleia ou golfinho

A recomendação é clara: manter distância, não seguir e evitar ruídos. “Baleias são avessas a sons altos. Para elas, uma lancha barulhenta pode ser tão incômoda quanto uma obra ao lado da sua casa”, compara Marcos.

O mesmo vale para golfinhos e toninhas. “Eles não devem ser tocados ou perseguidos. A observação responsável garante a segurança dos animais e das pessoas”, reforça.

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Mais perto do que você imagina

A presença de baleias e golfinhos na costa paulista revela que o mar guarda segredos a poucos metros da areia. “Quem olha para o horizonte com atenção pode ter a sorte de ver um salto ou a nadadeira desses animais”, diz Marcos.

Esses encontros, além de emocionantes, reforçam a importância de proteger a vida marinha. Afinal, como lembra o professor, “a preservação dos cetáceos é também a preservação do equilíbrio do oceano e da vida como a conhecemos”.

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