O doce surgiu no Brasil Colonial, por volta do século XVI, com a chegada da cana-de-açúcar à Capitania de São Vicente / Freepik
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O pé de moleque, aquele doce que é presença garantida nas festas juninas e nos cardápios de todo o Brasil, tem sua origem no litoral paulista, mais precisamente em São Vicente, a primeira cidade oficialmente fundada em território brasileiro.
O doce surgiu no Brasil Colonial, por volta do século XVI, com a chegada da cana-de-açúcar à Capitania de São Vicente, trazida pelo navegador Martim Afonso de Souza.
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A receita original combina dois ingredientes trazidos ou produzidos localmente: o amendoim torrado e a rapadura, formando o clássico doce que até hoje conquista o paladar brasileiro.
São Vicente, conhecida por sua importância histórica desde 1532, não só foi palco do início da colonização, mas também local de trocas culturais e adaptações culinárias vindas da mistura de povos indígenas, portugueses e africanos.
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Foi nesse cenário que o pé de moleque nasceu, como um doce simples, prático e energético, consumido principalmente por trabalhadores e crianças. O nome “pé de moleque” também faz referência às brincadeiras das crianças pelas ruas da cidade.
Embora a cidade mineira de Piranguinho, no sul de Minas Gerais, seja atualmente conhecida como a “capital nacional do pé de moleque” e celebre a iguaria com uma festa que entrou no calendário cultural do município, São Vicente reivindica a autoria dessa receita que é uma verdadeira herança da cultura brasileira.
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Piranguinho é famosa pela produção artesanal do doce e pelo evento que já produziu o maior pé de moleque do mundo, celebrando a tradição com muita festa e história.
Enquanto Piranguinho destaca a tradição mineira, São Vicente reafirma sua importância histórica como o local onde o pé de moleque surgiu, no berço da colonização brasileira.
A combinação da cana-de-açúcar, do amendoim e da rapadura na Capitania de São Vicente é a verdadeira origem do doce que hoje atravessa gerações e regiões.
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