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Roupas jogadas no deserto mostram o que ninguém quer ver sobre a moda mundial

Montanhas de peças abandonadas revelam o impacto da moda rápida no meio ambiente

Agência Diário

Publicado em 26/06/2025 às 11:15

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Chile, maior importador de roupas usadas da América do Sul, enfrenta crise ambiental / Foto: Reprodução/Imagem gerada por IA

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No deserto do Atacama, no Chile, montanhas de roupas descartadas se acumulam em meio à paisagem árida. O cenário surreal esconde um grave problema ambiental ligado à moda rápida.

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Toneladas de peças chegam ao país como doações ou resíduos de brechós internacionais, mas muitas acabam abandonadas em lixões clandestinos.

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O Chile é o maior importador de roupas usadas da América do Sul, recebendo 90% desse mercado na região. "Sabe-se que ao menos 60% do que se importa é resíduo", afirma à BBC Edgard Ortega, da prefeitura de Alto Hospicio.

E como estamos falando do Deserto do Atacama, veja curiosidades sobre o lugar mais seco do mundo.

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Como o lixo têxtil chega ao Atacama

As roupas descartadas vêm principalmente dos EUA e Europa. Muitas são doações não aproveitadas ou peças que brechós não conseguiram vender. "Fazemos uma seleção dividida em categorias", explica para a BBC Paola Laiseca, da PakChile.

Enquanto as melhores peças são revendidas, o restante acaba em depósitos ilegais. Com pouca fiscalização, o deserto vira destino fácil para esse lixo têxtil.

O impacto ambiental das roupas no deserto

A moda rápida já é uma das indústrias mais poluentes. No Atacama, o problema piora: muitas peças contêm poliéster, que demora 200 anos para se decompor. Com o tempo, liberam microplásticos no solo e no ar.

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Incêndios em depósitos clandestinos agravam a situação. "A fumaça pode causar doenças cardiorrespiratórias", alerta a BBC Gerson Ramos, do governo regional.

Busca por soluções para o problema

Autoridades discutem leis para responsabilizar importadores pelo descarte. Mas falta fiscalização e recursos para mudar o cenário. Enquanto isso, o deserto segue recebendo mais roupas.

"Ninguém quer viver em um lixão", diz o prefeito Patrício Ferreira. "Mas transformamos nossa cidade no lixão do mundo". A crise exige ações urgentes para frear esse desastre ambiental.

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