Animação chegou a levar quase 700 pessoas ao hospital / ImageFX/IA
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Um dos mais populares animes japoneses do mundo, "Pokémon", também foi responsável por causar um dos mais inusitados cenários da história ao levar quase 700 pessoas ao hospital por conta de uma cena de 5 segundos.
O episódio aconteceu em 1997 e fez com que os espectadores (entre eles crianças) fossem levados ao hospital com dores de cabeça, enjoo, convulsões e ataques epiléticos em função do episódio.
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Em 16 de dezembro de 1997, durante a exibição do 38º episódio, chamado "Dennō Senshi Porygon", ou "Porygon, o soldado cibernético", em português.
Por se tratar do sucesso que fazia, cerca de quatro milhões de espectadores assistiam à atração semanalmente.
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Entretanto, foi uma cena de cinco segundos que causou um dos piores cenários na televisão e resultou em uma mudança que está sendo aplicada até hoje.
Na cena, Pikachu usa seu poder de choque contra um programa de computador, o que resulta em uma forte explosão.
Mostrando flashes vermelhos e azuis pulsando na tela durante alguns segundos, a cena causou um estrago enorme.
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Por conta do efeito estroboscópico, 685 espectadores foram levados para hospitais. Muitas dessas pessoas sofreram ataques epilépticos fotossensíveis, com convulsões e crises epilépticas.
Porém, o estrago foi ainda maior pelo fato de os noticiários terem reprisado a cena para relatar o que havia acontecido. Obviamente, os casos subiram ainda mais.
O incidente ficou conhecido de inúmeras maneiras, entre elas: "Pokémon Shock" (Choque de Pokémon), "Pokémon Panic" (Pânico de Pokémon), "The Pokémon Incident" (Incidente do Pokémon), "Porygon Shock" (Choque de Porygon) e "Pokémon Flash" (Flash/Luz de Pokémon).
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Pelo fato de se tratar de uma atração com um futuro cada vez mais promissor, a possibilidade de cancelar o anime foi retirada de pauta.
Porém, "Pokémon" permaneceu fora do ar por quatro meses, e este episódio não foi mais transmitido em nenhuma parte do mundo.
A atração só voltou a ser exibida em 16 de abril de 1998, depois de um grande apelo dos fãs.
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Ao retornar à grade televisiva, a atração passou a exibir um aviso alertando que as cores e luzes poderiam gerar problemas a algumas pessoas.
Mesmo com o aviso, para evitar que mais episódios como esse se repetissem, médicos se uniram às emissoras de televisão japonesas para criarem diretrizes de segurança para programas de animação.
Entre os tópicos principais estavam:
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- Imagens piscantes, principalmente com a cor vermelha, não deveriam piscar mais de três vezes por segundo;
- Se não tiver vermelho, a imagem não deve piscar mais rápido do que cinco vezes por segundo;
- As imagens piscantes não devem ser exibidas por um período total superior a dois segundos;
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- Listras, redemoinhos e círculos não devem ocupar uma grande parte da tela da televisão.
No início dos anos 2000, o Guaraná Antarctica decidiu unir-se a uma das principais marcas da época para promover massivamente suas pequenas garrafinhas, conhecidas como "Caçulinhas".
Por se tratar de um produto voltado ao público infantojuvenil, foram lançadas as edições do Pokémon Caçulinha. A embalagem trazia ilustrações da animação e, na parte superior, uma mini Pokébola com um boneco dos personagens da série.
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O Diário do Litoral fez uma matéria com o assunto.