A Estrada de Ferro Vitória-Minas foi inaugurada em 1904 / Digulgação/Vale
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Único trem com rota turística e partidas diárias de longa distância, o comboio também transporta cargas entre Minas Gerais e Espírito Santo.
A Estrada de Ferro Vitória-Minas foi inaugurada em 1904 com a finalidade de escoar a produção de café. Atualmente, a linha turística transporta cerca de 700 mil passageiros por ano.
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O percurso, com 664 quilômetros, é marcado por cenários às margens do Rio Doce. A viagem de 13 horas revela paisagens que se alternam entre trechos de Mata Atlântica e Cerrado, relevos montanhosos e rios abundantes.
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Durante o passeio, os passageiros podem usufruir do conforto do ar-condicionado, serviço de bordo com lanches e entretenimento com monitores em todos os vagões, tanto na classe executiva quanto na econômica. O trem possui cerca de 16 carros e inclui lanchonete e restaurante para o conforto dos viajantes.
O trecho conta com 30 paradas para embarque e desembarque, sendo 21 em Minas Gerais e nove no Espírito Santo. Além da rota turística, a ferrovia também é usada para o transporte de cargas, como minério de ferro, soja e fertilizantes.
Apesar do passeio turístico por dois estados brasileiros, a principal atribuição da ferrovia é o escoamento de minério de ferro para o Porto de Tubarão, em Vitória (ES). A cidade sofre com um problema crônico de poluição do ar por conta do transporte do chamado “pó preto”.
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O trem é operado pela Vale S.A., que foi denunciada por moradores em 2015 devido à poluição. No mesmo ano, foi criada por vereadores a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do pó preto. Em 2018, a empresa foi advertida a mitigar a emissão de poluentes e a minimizar os efeitos de suas atividades sobre a qualidade do ar na região por meio de ações conjuntas.
O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo encomendou um estudo à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que entregou à empresa um relatório com um plano de metas para a redução da emissão de poluentes.
Em 2022, a Vale instalou uma cobertura em sua usina para impedir que o pó gerado em sua operação chegasse à atmosfera. A medida fez parte de um Plano Diretor Ambiental da empresa.
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