Conheça o compromisso de Modesto Sampaio na preservação da natureza brasileira / Reprodução/Facebook/Buraco das Araras
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O Buraco das Araras, localizado em Jardim, Mato Grosso do Sul, representa um modelo exemplar de conservação ambiental. Reconhecido como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) em 2007, ele protege um ecossistema valioso, cheio de vida.
Essa área de proteção, criada por iniciativa do proprietário Modesto Sampaio, reflete um compromisso privado com a natureza. A decisão de transformar terras antes dedicadas à pecuária em um santuário ecológico é um marco para a preservação.
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A RPPN Buraco das Araras abriga uma rica biodiversidade, desde as emblemáticas araras-vermelhas até répteis e uma vasta gama de plantas. Sua existência garante um futuro mais seguro para estas espécies e o ambiente natural.
Modesto Sampaio, dono da propriedade desde os anos 1980, iniciou o processo para tornar o local uma RPPN em 2000. Sua visão permitiu que 29 hectares se tornassem uma área de preservação reconhecida pelo governo federal em 2007.
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Ele compartilhou sua motivação: "Eu e minha família decidimos cuidar desse lugar e desses animais, preservar. Ao longo desses anos, reflorestamos a região do buraco, com mais de 100 mil mudas de árvores." Este esforço exemplifica a dedicação.
O incentivo governamental inclui a isenção do Imposto Territorial Rural (ITR) para a área da RPPN. Órgãos como ICMBio e Ibama fiscalizam anualmente, assegurando o cumprimento das normas de conservação para o bem do ecossistema.
A dolina, com 100 metros de profundidade, é o habitat de 120 araras-vermelhas e mais de 150 espécies de aves. Além delas, jacarés, cobras, pequenos roedores, macacos e morcegos vivem neste ecossistema complexo e fascinante.
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O pequeno lago no fundo do buraco é alimentado por chuvas e nascentes subterrâneas. Ele serve de abrigo para um jacaré-do-papo-amarelo e serpentes, como uma sucuri de quase sete metros. A flora também é exuberante, com capins e árvores frutíferas.
As araras-vermelhas são a alma do Buraco das Araras, dando nome ao local. Os paredões da cratera são cruciais para sua rotina e reprodução, oferecendo cavidades seguras para a construção de ninhos e o nascimento dos filhotes.
Adicionalmente, esses paredões auxiliam no desgaste natural dos bicos das araras, fundamental para sua saúde. A bióloga Salete Cinti explica que isso acontece enquanto as aves bicam as pedras, explorando o ambiente ao seu redor.
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A RPPN permite atividades como pesquisa, ecoturismo e educação ambiental. Visitantes podem fazer trilhas guiadas de 970 metros, com dois mirantes para observação da dolina e das aves, ou se dedicar à fotografia em um passeio mais longo.
Todos os passeios são acompanhados por guias credenciados. A interação com os animais é estritamente proibida, garantindo a segurança das espécies e dos visitantes. Parte dos valores arrecadados é destinada à manutenção e preservação do local.