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Descoberta no Brasil revela formiga-infernal, a mais antiga do planeta; conheça

A nova espécie, além de rara, pertence a um grupo extinto de formigas conhecido por seu visual incomum e comportamento predatório

Agência Diário

Publicado em 23/07/2025 às 06:15

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Mandíbulas verticais e estrutura predadora marcam o grupo das formigas-infernais / Freepik

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Uma descoberta feita no interior do Nordeste brasileiro está ajudando a reescrever a história das formigas. Pesquisadores encontraram um fóssil com cerca de 113 milhões de anos, agora reconhecido como o mais antigo já registrado desse animal em todo o mundo.

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A nova espécie, além de rara, pertence a um grupo extinto de formigas conhecido por seu visual incomum e comportamento predatório. A análise do fóssil reforça a teoria de que a origem desses insetos pode ter ocorrido em terras do antigo supercontinente Gondwana, que incluía a América do Sul.

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Mandíbulas verticais e ferrões

A espécie foi batizada de Vulcanidris cratensis e é considerada parte de um grupo apelidado de “formigas-infernais”. Ao contrário das formigas atuais, ela possuía mandíbulas que se moviam verticalmente, como lâminas, além de estruturas na cabeça que sugerem uma forma de caça agressiva.

Outra diferença importante: enquanto os fósseis dessas formigas já haviam sido encontrados em âmbar de regiões como Ásia e Europa, o exemplar brasileiro foi preservado em rocha calcária, um tipo de conservação muito mais raro.

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O fóssil foi descoberto na Formação Crato, uma região conhecida por abrigar fósseis bem preservados do período Cretáceo, e que abrange partes dos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí.

Como estamos falando sobre formigas, conheça uma solução simples que pode afastar as formigas dos potes de açúcar.

Tecnologia revela detalhes milenares

Para estudar o fóssil sem danificá-lo, os pesquisadores usaram uma técnica chamada microtomografia. Com ela, foi possível criar imagens em três dimensões da anatomia da formiga, revelando desde mandíbulas até o sistema muscular do inseto.

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Essas informações permitiram confirmar que a espécie realmente pertence ao grupo das formigas-infernais e, mais importante, que ela é mais antiga do que qualquer outra do tipo já identificada.

A análise revelou ainda o grau de complexidade dessas formigas primitivas, o que ajuda os cientistas a entender como esses insetos evoluíram até os dias atuais.

Vale lembrar que um estudo já revelou que as formigas podem ser mais inteligentes que humanos.

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Brasil no centro da origem

A descoberta reforça a hipótese de que as primeiras formigas surgiram no hemisfério Sul, mais especificamente no supercontinente Gondwana, que reunia as atuais América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártida.

Além de expandir o mapa da presença dessas formigas extintas, o achado destaca a importância científica da Formação Crato e do Brasil como um todo na pesquisa paleontológica global.

O estudo foi publicado na revista Current Biology e contou com uma equipe de cientistas brasileiros e franceses. O nome da nova espécie homenageia Vulcano, o deus romano do fogo, e a região onde foi encontrada.

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