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Deixar o cachorro sozinho por horas faz mal? A ciência responde

Especialistas em bem-estar animal alertam: a solidão, para esses animais sociais, pode ser mais perigosa do que se imagina.

Isabella Fernandes

Publicado em 02/10/2025 às 17:33

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Deixar um cão sozinho em casa parece algo simples, mas pode gerar sérias consequências físicas e emocionais, e até infringir a lei / Freepik

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Deixar um cão sozinho em casa parece algo simples, mas pode gerar sérias consequências físicas e emocionais, e até infringir a lei. Em diversos países, como a Espanha, deixar um cachorro sem supervisão por mais de 24 horas é proibido por lei.

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Especialistas em bem-estar animal alertam: a solidão, para esses animais sociais, pode ser mais perigosa do que se imagina.

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Cães sentem solidão

De acordo com a organização internacional Vier Pfoten, o isolamento prolongado pode provocar ansiedade, estresse, mudanças comportamentais e até problemas físicos nos cães.

Mesmo que seu animal não destrua móveis ou latir compulsivamente, isso não significa que ele esteja emocionalmente estável quando fica sozinho.

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A explicação está no instinto: os cães são descendentes de animais de matilha. Eles precisam de interação social para se sentirem seguros. Alguns toleram até 6 horas sozinhos, outros não aguentam nem 30 minutos.

O limite ideal: de 4 a 6 horas

Profissionais da Vier Pfoten recomendam que cães não fiquem sozinhos por mais de 4 a 6 horas por dia. Passado esse tempo, além do sofrimento emocional, há necessidades fisiológicas que começam a se acumular, como a vontade de urinar, comer ou simplesmente se exercitar.

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Se a rotina exige longas ausências, a recomendação é contar com apoio de dog walkers, pet sitters ou hospedagens especializadas.

Ansiedade de separação

Existem dois padrões comuns de sofrimento:

  • Ansiedade de separação: o cão entra em desespero ao notar a ausência do tutor. Choro, uivos, destruição e comportamentos compulsivos são comuns.
  • Perda de controle emocional: o cão se torna apático, deprimido e pode desenvolver doenças metabólicas, como obesidade e diabetes, devido à inatividade.

As causas mais comuns desse comportamento incluem separações precoces da mãe, experiências traumáticas ou mudanças bruscas na rotina.

Como ajudar um cão que sofre quando fica sozinho

Especialistas em comportamento canino e veterinários indicam um processo chamado modificação comportamental, que inclui:

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  • Treinamento gradual: comece com ausências curtas e aumente aos poucos.
  • Dessensibilização: evite rituais de saída que gerem ansiedade (como pegar chaves ou colocar o sapato).
  • Contracondicionamento: associe a ausência a experiências prazerosas (como brinquedos recheados com petiscos).
  • Evite punições: broncas só aumentam o estresse. O reforço positivo é mais eficaz.
  • Rotina previsível e ambiente rico são aliados importantes
  • Estabeleça horários regulares para alimentação, caminhadas e descanso. Antes de sair, garanta que o cão tenha feito suas necessidades e gastado energia.

Quando é preciso recorrer à medicação?

Em casos mais graves, o veterinário pode prescrever ansiolíticos ou antidepressivos, como fluoxetina ou clomipramina. Esses medicamentos não resolvem sozinhos, mas reduzem o nível de estresse para que o cão consiga progredir na terapia comportamental.

Existem também alternativas complementares, como feromônios sintéticos ou suplementos naturais calmantes, sempre com recomendação profissional.

O que diz a lei sobre deixar cães sozinhos?

Em países como a Espanha, a nova Lei de Bem-Estar Animal determina que cães não podem ficar sozinhos por mais de 24 horas. Mesmo que tenham comida, água e espaço, a ausência de interação humana contínua é considerada abandono.

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Há exceções para cães de trabalho (como cães-guia, pastores ou policiais), desde que estejam registrados e com abrigo adequado.

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