09 de Maio de 2024 • 07:35
A tarântula Vitalius wacketi, que habita o litoral de SP / Reprodução/Thomaz Rocha e Silva/Einstein
Uma pesquisa que está em andamento há cerca de 20 anos tem demonstrado resultados promissores contra o câncer. A substância estudada é o veneno da Vitalius wacketi, aranha que só habita o litoral de São Paulo. O trabalho é conduzido por cientistas e pesquisadores do Instituto Butantan e do Hospital Israelita Albert Einstein.
As moléculas presentes no veneno da tarântula sofreram uma preparação especial: primeiro, elas foram isoladas. Depois, purificadas e, por fim, sintetizadas dentro de um laboratório.
Nos ensaios iniciais a molécula se mostrou muito efetiva no combate às celular cancerígenas da leucemia, um tipo comum da doença que afeta tanto crianças quanto adultos.
Os líderes da pesquisa afirmam que já negociam com empresas farmacêuticas para obterem mais recursos e seguir com as outras etapas dos testes. Ainda não há previsão da testagem em humanos.
Assim que todas as fases de testes moleculares e celulares forem concluídas, inicia-se a aplicação em seres humanos, que, seguindo protocolos científicos internacionais, sempre é dividida em 3 etapas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2050, haverá no mundo 15 milhões de pessoas com algum tipo de câncer.
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