Psicólogo explica como é importante deixar os filhos aprenderem com as próprias decisões / Reprodução/Freepik
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Proteger ou limitar? Essa é a questão levantada por psicólogos ao analisar o impacto da superproteção na infância. Especialistas fazem um alerta claro para mães e pais: impedir que as crianças enfrentem desafios ou tomem decisões por conta própria pode ter consequências duradouras.
Uma criança que foi superprotegida durante a infância pelos pais vai se tornar um adulto extremamente indeciso e não saberá impor limites, de acordo com o psicólogo espanhol Rafael Guerrero.
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Para Guerrero, a superproteção não é uma forma de amor, mas sim uma projeção dos medos dos próprios adultos. A superproteção acontece quando o pai ou a mãe se deixam guiar por seus próprios medos infantis, de acordo com ele.
Esses medos não protege, a criança e acabam limitando seu desenvolvimento emocional e sua autonomia. Em vez de estimular a autoconfiança, os pais enviam uma mensagem implícita de que a criança não é capaz, minando sua autoestima.
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O resultado, segundo o psicólogo, são adultos com baixa tolerância à frustração, dependentes, inseguros e com grande dificuldade para tomar decisões ou impor limites pessoais.
Guerrero adverte que a criança começa delegando tudo à mãe e ao pai e acaba acreditando que não consegue fazer as coisas sozinha, adverte Guerrero.
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O especialista destaca que, muitas vezes, é o próprio adulto que, por insegurança, impede a criança de explorar o mundo por meio de pequenas ações cotidianas, como andar de bicicleta, jogar futebol ou servir um copo de água.
Enquanto a criança sente mais curiosidade do que medo, mas esse impulso natural rumo à autonomia é interrompido pelo medo dos pais de que algo dê errado.
Guerrero não defende deixar a criança à própria sorte, nem uma educação permissiva, mas sim uma criação que acompanhe sem interferir o tempo todo. Para ele, erro, frustração e repetição são fundamentais no processo de aprendizagem.
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Validar as emoções dos filhos diante do fracasso e incentivá-los a tentar de novo, em vez de poupá-los de momentos difíceis, é essencial para desenvolver resiliência.
Um dos pilares defendidos por Rafa Guerrero é o amor incondicional. Amar os filhos simplesmente por quem eles são, e não com base em desempenho ou conquistas, é fundamental para construir uma autoestima saudável.
Proteger em excesso não é proteger, é limitar. Esses limites, impostos na infância, podem se transformar em correntes invisíveis que acompanham o indivíduo por toda a vida adulta.
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