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Conheça peixe brasileiro 'queridinho' em outros países que bateu recorde de exportações

Peixe nativo dos rios brasileiros vira destaque internacional com crescimento recorde, valorizando espécies nativas no mercado global

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 15/06/2025 às 12:00

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O curimatá também é conhecido como curimba, curimbatá ou papa-terra / Wenderson Araujo/Trilux

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O curimatá, também conhecido como curimba, curimbatá ou papa-terra, está deixando de ser um peixe típico do interior do Brasil para se tornar uma estrela global. No primeiro trimestre de 2025, as exportações da espécie cresceram impressionantes 333%, movimentando US$ 580 mil, segundo dados do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).

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Esse avanço coloca o curimatá entre as espécies nativas brasileiras mais valorizadas no exterior, em um cenário em que o setor de piscicultura nacional também vive um momento de expansão histórica: foram US$ 18,5 milhões em exportações no mesmo período — aumento de 112% em relação a 2024.

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O que é o curimatá?

Trata-se de um peixe de água doce, de corpo alongado e prateado, encontrado em grandes bacias hidrográficas como Amazonas, São Francisco, Tocantins-Araguaia e Prata. Ele se alimenta de algas, restos vegetais e detritos orgânicos, ajudando a manter a qualidade da água e reciclar nutrientes nos rios.

Com sua boca retrátil adaptada para raspar o fundo dos rios, o curimatá é considerado uma espécie ecológica e eficiente. Nada em grandes cardumes, pode atingir até 3 quilos e mais de meio metro de comprimento. Durante o período das chuvas, migra para áreas alagadas para se reproduzir — uma verdadeira jornada fluvial.

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Por que o peixe está bombando lá fora?

Além da carne saborosa e versátil, o curimatá se beneficia de avanços institucionais no Brasil. O governo federal tem investido na abertura de novos mercados, melhorias no licenciamento ambiental e mais segurança jurídica para produtores.

Esses fatores, segundo o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, têm sido decisivos para o crescimento sustentável do setor aquícola brasileiro.

Piscicultura em alta

No primeiro trimestre deste ano, o Brasil exportou 3.938 toneladas de pescado cultivado — quase o dobro do volume registrado em 2024. A tilápia continua liderando o segmento com 92% do valor exportado (US$ 17 milhões), mas as espécies nativas, como o curimatá e o tambaqui, mostram que há grande potencial de crescimento.

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Muito além do sabor

Mais do que um peixe saboroso, o curimatá simboliza uma produção que alia economia, sustentabilidade e valorização da biodiversidade brasileira. Seu crescimento nas exportações demonstra que é possível gerar renda, proteger o meio ambiente e levar a cultura alimentar brasileira para o mundo — tudo isso em uma única nadada.

 

 

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