Essa ave é originalmente campestre, típica da caatinga, cerrado e campos / Márcio Ribeiro/DL
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Você pode não ter percebido ainda por que ela é parente do Pombo-doméstico e parecida com a Rolinha, aves comuns na região, mas a Avoante (Zenaida auriculata) ou pomba-de-bando está se espalhando cada vez mais e ocupando todos os lugares possíveis. O alerta é da bióloga e membro do Clube de Observadores de Aves de Santos (COA Santos), Renee Leutz Lopes de Oliveira.
De acordo com a bióloga, a espécie é naturalmente de áreas abertas e vem se beneficiando do desmatamento, conseguindo, com isso, aumentar cada vez mais a sua distribuição geográfica:
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“A avoante é a prima do pombo doméstico, com tamanho intermediário entre esta e a rolinha-roxa. Como se adaptou muito bem em áreas urbanas, acredita-se que a avoante esteja deslocando a rolinha-roxa das cidades. Fator este que pode estar sendo gerado por uma certa competição territorial”, disse ela.
Essa ave é originalmente campestre, típica da caatinga, cerrado e campos. Nas últimas décadas, conquistou efetivamente o ambiente urbano, chegando até mesmo a grandes metrópoles como São Paulo, onde sua população vem aumentando a cada ano. É uma das poucas aves de ambiente terrestre na ilha de Fernando de Noronha, no meio do Oceano Atlântico, conforme descrito no Portal Wikiaves.
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Sua dieta é composta majoritariamente de grãos e, talvez por isso, está muito presente em campos de cultivo, sendo considerada até uma praga em algumas áreas, sobretudo em plantações de soja e cana-de-açúcar, como explica a bióloga Renee Leutz:
“Alimenta-se de grãos silvestres e de brotos de plantações. Os grandes bandos desta ave podem se transformar em pragas agrícolas em culturas de grãos. Geralmente, são atraídas por restos de alimentos, farelos de milho e pães”, disse.
Se reproduz com facilidade e pode construir o seu ninho diretamente no chão, apesar de ser mais comum encontrá-los em arbustos, palmeiras e no forro dos telhados. Geralmente, são criados por ambos os pais 2 a 3 filhotes por ninhada, pelo tempo médio de duas semanas, quando, após esse período, os jovenzinhos deixam o ninho.
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Ocorre em todo o Brasil. No litoral de São Paulo, já foi registrada em todas as cidades.