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Morador da região há mais de 20 anos, ele se inspirou no projeto e decidiu levar uma muda de ipê que tinha em casa para o canteiro do outro lado da calçada
Eduardo Paziam se tornou o 'Jardineiro da República' / Divulgação/Prefeitura de São Paulo
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Conhecido por vizinhos e comerciantes da Praça da República, Eduardo Paziam se tornou o “Jardineiro da República” após adotar por conta própria os jardins de chuva instalados pela Prefeitura na esquina da Avenida Ipiranga com a Rua Basílio da Gama.
Morador da região há mais de 20 anos, ele se inspirou no projeto e decidiu levar uma muda de ipê que tinha em casa para o canteiro do outro lado da calçada. A iniciativa deu origem ao “Pazipe”, junção de “Pazi” com “ipê”, nome que resume o trabalho de cuidado e recuperação de áreas verdes no centro de São Paulo.
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A atuação de Pazi se tornou possível também graças ao programa “Adote uma Praça”, que formaliza parcerias entre moradores, empresas e o poder público para manutenção de espaços verdes. Após assumir os dois jardins de chuva, ele passou a cuidar também de outros canteiros da região.
O projeto Pazipe busca reintroduzir espécies nativas da Mata Atlântica no centro da cidade. A ideia é favorecer a presença de pequenos insetos, como borboletas e abelhas jataís, que têm papel importante no equilíbrio do bioma.
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Hoje, o grupo cuida dos dois jardins de chuva e de outros cinco canteiros que se estendem pela Avenida São Luís, todos mantidos com apoio financeiro e incentivo de comerciantes do entorno.
Segundo Pazi, a intenção é ampliar o trabalho e transformar cada canteiro da Avenida São Luís em uma “pequena floresta”, criando corredores verdes em meio ao concreto do centro.
E sobre plantas e jardinagem, saiba que muitos estão dando adeus aos vasos de barro, pois uma solução econômica e criativa está bombando nos jardins.
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Os jardins de chuva chegaram a São Paulo em 2017 como uma solução baseada na natureza para aumentar a permeabilidade em áreas urbanas. Eles são compostos por três camadas: um poço de infiltração com cerca de um metro de profundidade, uma base com rachões, brita, terra e composto orgânico, e por fim as plantas.
Esses espaços ajudam na drenagem da água da chuva, recuperam a vegetação nativa e atraem fauna, além de melhorar a qualidade ambiental para quem vive na região.
E veja também que o banquinho de concreto é a nova tendência de decoração para jardins em 2026.
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Criado em 2017, o programa permite que moradores, empresas e instituições adotem áreas verdes da cidade. O processo é on-line e gratuito. A partir de um Termo de Cooperação, o adotante assume o compromisso de cuidar do espaço por um ano, com serviços como manutenção, limpeza, paisagismo e poda.
Em troca, pode instalar uma placa com nome pessoal, familiar ou institucional, conforme as regras da Lei Cidade Limpa.