Entre todos, o bagre é o que mais causa acidentes no país / Reprodução/PMP
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Muitos banhistas e pescadores que frequentam praias e rios pelo Brasil não sabem, mas o perigo pode estar debaixo d’água. Além das já conhecidas cobras, aranhas e escorpiões, algumas espécies de peixes também são peçonhentas e podem causar acidentes dolorosos e, em alguns casos, graves.
Esses peixes possuem estruturas capazes de inocular veneno, o que os diferencia dos animais venenosos, que apenas liberam toxinas, sem injetá-las.
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A presença desses animais é comum tanto em ambientes marinhos quanto fluviais do país. A dor intensa, inchaço, manchas vermelhas e até necrose são alguns dos efeitos causados pela peçonha, que penetra na pele por meio de espinhos ou ferrões.
O desconforto pode persistir por dias, já que não existe um tratamento específico. Diante disso, cientistas do Instituto Butantan desenvolvem estudos voltados à criação de um soro que possa neutralizar essas toxinas.
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O Brasil também abriga diversas plantas venenosas capazes de fazer mal aos seres humanos.
Quatro espécies se destacam pela frequência com que causam acidentes no Brasil: arraias, bagres, peixes-escorpião e niquins.
Todas possuem características específicas, mas compartilham a capacidade de injetar veneno por estruturas como espinhos ou ferrões, especialmente quando são tocadas ou pisadas.
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Conhecido como mangangá, o peixe-escorpião (Scorpaena plumieri) habita o litoral do nordeste ao sudeste do país. Vive em águas profundas, mas também pode ser encontrado em marés baixas.
Seus espinhos venenosos podem causar inflamações e, em casos mais severos, problemas pulmonares e cardíacos.
Pequeno e silencioso, o niquim vive em águas calmas e rasas do norte e nordeste. A espécie mais comum é a Thalassophryne nattereri, que possui espinhos no dorso e nas laterais do corpo, todos conectados a glândulas de veneno.
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É o único com espinho canaliculado, oco como uma agulha, o que favorece a inoculação da toxina.
Com ferrão serrilhado na cauda, a arraia é facilmente encontrada em águas rasas do litoral e rios do interior.
Sua defesa consiste em golpear com o ferrão, como se fosse um chicote, causando feridas extensas e dolorosas em quem se aproxima inadvertidamente.
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Entre todos, o bagre é o que mais causa acidentes no país. Presente em águas rasas e em grandes grupos, tanto em rios quanto no mar, esse peixe possui ferrões na parte superior do corpo e nas nadadeiras.
Suas toxinas são capazes de provocar lesões locais com bastante dor.
Esses peixes estão sob constante observação do Laboratório de Toxinologia Aplicada do Instituto Butantan, que utiliza o peixe paulistinha (Zebrafish) como modelo para estudar os efeitos das peçonhas e toxinas.
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Além de contribuir para o desenvolvimento de um soro, a pesquisa também avalia a toxicidade da água em diferentes bacias hidrográficas, ampliando a proteção à saúde humana.
O alerta é claro: a presença desses peixes é natural em muitas regiões brasileiras, e o contato acidental pode trazer sérias consequências.
A informação e a prevenção continuam sendo as principais ferramentas para evitar acidentes e garantir um contato mais seguro com a natureza.
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