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Conheça 12 ditados populares que você provavelmente fala errado

É comum confundirmos palavras ou interpretações em alguns ditados populares, como o famoso 'cor de burro quando foge'

Luna Almeida

Publicado em 16/06/2025 às 21:55

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O problema é que, por serem transmitidos oralmente, muitos ditados acabaram alterados com o tempo / Freepik/benzoix

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Provérbios populares estão presentes no cotidiano da maioria dos brasileiros. Repetidos desde a infância e ensinados como parte da sabedoria tradicional, eles carregam histórias curiosas e significados que nem sempre correspondem ao que as palavras parecem dizer. 

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O problema é que, por serem transmitidos oralmente, muitos ditados acabaram alterados com o tempo, dando origem a versões distorcidas que se tornaram até mais comuns que as originais.

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Frases como “faca de dois legumes”, “cor de burro quando foge” e “quem tem boca vai a Roma” são apenas alguns exemplos de expressões que, apesar de populares, estão incorretas. 

Em alguns casos, o erro muda totalmente o sentido da frase; em outros, apenas revela o desconhecimento sobre a origem da expressão.

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Confira a seguir 12 ditados populares que muita gente fala errado – e entenda quais são suas versões corretas e o que elas realmente significam:

1. Cuspido e escarrado

Apesar da confusão com “esculpido em carrara”, que remete ao mármore branco italiano, o correto é “cuspido e escarrado”. A expressão vem do português antigo e era usada para reforçar a ideia de extrema semelhança entre duas pessoas.

2. Corro de burro quando foge

A versão popular “cor de burro quando foge” não faz sentido algum. A forma correta é “corro de burro quando foge”, indicando uma reação rápida e desorientada, como a de quem foge sem pensar.

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3. Quem tem boca vaia Roma

Diferente da ideia de que quem fala chega a qualquer lugar, o ditado original usa o verbo “vaiar”. Ou seja, quem tem boca se manifesta especialmente na Roma antiga, onde protestar era comum.

4. Batatinha quando nasce, espalha a rama

A imagem da batatinha “esparramando” é uma distorção infantil. O certo é “espalha a rama”, pois, na verdade, ela se desenvolve espalhando folhas e ramos pelo chão.

5. Hoje é domingo, pede cachimbo

O popular “pé de cachimbo” não passa de uma má interpretação. A versão correta, “pede cachimbo”, era usada para indicar um dia de descanso e lazer, quando fumar cachimbo era hábito.

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6. Ossos do ofício

Neste caso, o ditado está certo mesmo quando parece errado. “Ossos do ofício” se refere às dificuldades inerentes a qualquer profissão, e não a uma suposta versão moderna “ócios do ofício”, que nunca existiu formalmente.

7. Quem não tem cão, caça como gato

A forma correta indica que, sem um cão, a pessoa age de forma astuta e independente como um gato. Com o tempo, o “como” virou “com”, dando origem à versão errada: “quem não tem cão caça com gato”.

8. Quem pariu, que o mantenha e balance

A forma encurtada “quem pariu Mateus que o balance” é a mais conhecida, mas a frase original era mais direta: quem cria uma situação, deve sustentá-la e lidar com suas consequências.

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9. Parece que tem bicho-carpinteiro

Não há consenso sobre uma única versão correta. “Bicho-carpinteiro” faz sentido, já que o termo se refere a larvas que se movem dentro da madeira, justificando o comportamento agitado de alguém. Há quem defenda a versão “bicho no corpo inteiro”, com sentido semelhante.

10. Enfiou o pé na jaca / Enfiou o pé no jacá

Ambas as versões têm interpretações aceitáveis. Enfiar o pé na jaca indica exagero em algo, enquanto a expressão com “jacá” faz referência a cestos usados antigamente em frente aos bares, nos quais era fácil tropeçar depois de beber demais.

11. Caiu no goto do povo

A forma original era “cair no goto”, sinônimo antigo de “glote”. Como o termo caiu em desuso, a versão “gosto do povo” prevaleceu, mesmo sendo uma adaptação incorreta.

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12. Faca de dois gumes

A expressão correta representa uma situação com dois lados, como uma faca que corta em ambas as direções. A confusão com “faca de dois legumes” se tornou comum, especialmente em contextos de humor.

Muitos desses erros acabaram se fixando na cultura popular, criando versões alternativas dos ditados. Ainda assim, conhecer as formas corretas contribui para preservar o significado original dessas expressões e manter viva a tradição oral brasileira.

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