O registro arquitetônico das mansões de luxo abandonadas que fascinam e intrigam na China / Reprodução/YouTube
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No coração da província de Yunnan, na China, um cenário surreal captura a atenção: mais de 100 mansões de luxo abandonadas exibem sua escala grandiosa em total contraste com o entorno rural.
Com estrutura concluída, esquadrias instaladas e até mesmo tubulações prontas, essas casas com janelas panorâmicas e varandas amplas jamais receberam moradores e, hoje, se confundem com ruínas silenciosas, cercadas por plantações e mato.
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O caso, registrado no Condado de Xundian, em Kunming, é um raro e fascinante retrato de um projeto arquitetônico de luxo que parou no tempo.
Este inusitado núcleo de casas de alto padrão, algumas de até quatro pavimentos, apresenta um cenário de "luxo não vivido" em meio à paisagem agrícola de Yunnan.
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Apesar de estarem com iluminação cruzada e ventilação garantidas, o tempo e a poeira consolidaram a imagem de ruínas, transformando varandas prontas para o lazer em mirantes para os campos de milho e trigo-sarraceno.
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Afinal, por que um empreendimento de tamanha magnitude foi interrompido? O mistério ronda o local, mas relatos locais apontam para a escassez de financiamento e problemas logísticos devido à distância do Condado de Xundian e de Kunming.
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O fato é que o abandono, que se estende por sete a oito anos, transformou a área verde planejada em cultivo local, acentuando o paradoxo dessas mansões de luxo em Yunnan.
A concentração dessas estruturas acontece em Yunnan, com plantas que variam consideravelmente, desde 200 até 500 m² de área construída.
Você encontra tipologias com garagem no térreo, e o que realmente impressiona são as salas com janelas panorâmicas em quatro fachadas e varandas em múltiplos níveis, reforçando a premissa de um lazer que nunca chegou. Pelos acessos cobertos de mato, você percebe imediatamente a paralisação súbita das obras.
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Ao entrar nos pavimentos superiores, a primeira coisa que você nota é a claridade abundante. As janelas panorâmicas funcionam como molduras naturais para os vales e campos que se estendem no horizonte.
Nos banheiros, a preparação para banheiras voltadas para a vista já estava feita, com tubulações e nichos prontos.
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Em muitas destas casas de luxo, faltam apenas os revestimentos e corrimãos, o que acentua a sensação de que o trabalho foi interrompido de uma hora para outra.
As largas varandas, projetadas para o descanso, permanecem vazias, mas preservam a promessa de uma arquitetura sofisticada.
A ausência de declarações oficiais mantém o mistério sobre o futuro das mansões de luxo abandonadas em Yunnan. No entanto, a documentação local registra uma distância considerável dos centros urbanos, um fator que provavelmente pesou na atratividade do empreendimento.
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Portanto, a falta de financiamento e a complexa logística de acesso, explicações compatíveis com o estágio físico das construções, parecem ser as razões mais prováveis para o abandono. Assim, as estruturas de luxo permanecem como um registro arquitetônico interrompido.
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O abandono criou um mosaico paisagístico único. Onde deveria haver gramado planejado, agora crescem milharais e trigo-sarraceno. Além disso, as varandas viraram mirantes não intencionais para as lavouras, e as janelas panorâmicas hoje refletem o verde da agricultura.
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As mansões de luxo abandonadas adicionam um "estrato urbano não habitado" à paisagem agrícola de Yunnan. Para quem vive nas redondezas, esses espaços servem como passagem, abrigo de pássaros e apoio eventual. O silêncio total apenas reforça a ideia de ruínas que se integraram completamente à rotina rural.
Apesar do abandono, o estágio físico das construções oferece alguns caminhos viáveis para o futuro: a conservação das estruturas como um registro arquitetônico, o reaproveitamento adaptativo para um novo programa, como usos turísticos ou institucionais, ou até mesmo a demolição seletiva.
A existência de janelas panorâmicas, varandas e redes hidráulicas já prontas facilita um possível novo uso. Contudo, sem um plano de reocupação, as mansões de luxo abandonadas devem permanecer como ruínas, prolongando o fascinante paradoxo do luxo não vivido, incorporadas ao ciclo agrícola de Yunnan.
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