Conheça o povo que constrói suas casas da altura de um prédio / Foto: Youtube/Reprodução
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No meio de uma das florestas tropicais mais fechadas do planeta, um povo vive literalmente acima do chão. Os Korowai constroem suas casas no topo das árvores, a até 30 metros de altura, em uma prática que mistura tradição, sobrevivência e espiritualidade.
Conhecidos internacionalmente apenas a partir da década de 1970, os Korowai seguem utilizando técnicas ancestrais para se proteger de ameaças naturais e manter uma organização social que desafia os padrões urbanos modernos.
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A principal razão para as casas suspensas está ligada à proteção contra inimigos naturais. Vivendo em área remota da floresta tropical da Indonésia, os Korowai sempre conviveram com animais selvagens, insetos perigosos e até grupos hostis de outras comunidades.
Ao construir as moradias nas copas das árvores, eles reduzem drasticamente o risco de ataques noturnos. A altura também dificulta a aproximação silenciosa de possíveis invasores humanos, algo que fez parte do passado de confrontos entre clãs.
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Além disso, o ambiente elevado ajuda a evitar enchentes, comuns em regiões de floresta densa e de solo alagadiço. Assim, as casas no alto funcionam como uma solução prática para um território hostil e imprevisível.
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As casas dos Korowai são erguidas com materiais retirados da própria floresta. Troncos vivos e galhos grossos formam a base de sustentação, enquanto folhas de palmeira e fibras vegetais fecham as paredes e o telhado.
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O processo de construção pode levar vários dias e envolve toda a comunidade. Homens sobem pelas árvores usando cipós como apoio, enquanto mulheres e jovens auxiliam no preparo dos materiais no solo.
Apesar da aparência frágil, as estruturas são resistentes e podem durar anos. Cada casa abriga uma família, com espaços delimitados para descanso, preparo de alimentos e armazenamento de ferramentas.
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Os Korowai permaneceram praticamente desconhecidos do mundo até o final do século 20, quando exploradores e antropólogos chegaram à região. O isolamento geográfico preservou costumes, idioma e rituais que ainda fazem parte do cotidiano do povo.
Com a chegada de missões religiosas, pesquisadores e do turismo de aventura, parte da comunidade passou a ter contato com objetos industrializados, como roupas e ferramentas de metal. Mesmo assim, muitos grupos seguem vivendo de forma tradicional.
Hoje, a presença externa gera debates sobre preservação cultural e impactos ambientais. Para os Korowai, porém, viver a 30 metros do chão continua sendo muito mais do que uma curiosidade: é uma escolha que une identidade, segurança e respeito à floresta, como mostra o vídeo do canal Tjetjep Rustandi:
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