Ansiedade matinal pode alterar sua saúde com um todo / Imagem ilustrativa gerada por IA
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A ansiedade matinal é uma condição que afeta muitas pessoas logo nas primeiras horas do dia, causando desconforto, agitação e uma sensação intensa de preocupação antes mesmo de sair da cama.
A mente desperta acelerada, trazendo pensamentos ansiosos, preocupações sobre o trabalho, compromissos e até situações que nem aconteceram, mas que já geram tensão.
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Esse fenômeno, embora não classificado como transtorno isolado, reflete um sinal claro de que o corpo e a mente estão operando em estado de alerta constante.
O despertar ansioso tem raízes tanto emocionais quanto biológicas. Enquanto o cérebro permanece sobrecarregado com problemas não processados durante o sono, o corpo acompanha, liberando hormônios que amplificam esse estado de tensão.
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O cortisol, conhecido como hormônio do estresse, atinge seu pico nas primeiras horas da manhã, e embora seja natural, pode potencializar sensações de ansiedade em quem já enfrenta desafios emocionais. Compreender essas relações é o primeiro passo para buscar equilíbrio logo no início do dia.
Veja também que a ansiedade pode ser um sinal de sobrecarga, segundo uma psicóloga.
A ansiedade matinal surge como uma resposta do organismo que, em vez de entrar em modo de ativação saudável para enfrentar o dia, desperta em estado de alerta extremo.
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Isso significa que, ao abrir os olhos, a pessoa já sente taquicardia, respiração acelerada, pensamentos negativos e um desconforto físico e mental difícil de ignorar. É como se o corpo interpretasse o simples ato de começar o dia como uma ameaça.
Esse quadro é ainda mais comum em quem já lida com transtornos de ansiedade generalizada ou está passando por períodos de grande pressão e estresse.
A junção de mente acelerada, preocupações excessivas e dificuldades no sono faz com que o cérebro condicione o despertar a esse estado de tensão. Sem intervenções, esse ciclo pode se repetir e se agravar ao longo dos dias.
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A relação entre má qualidade do sono e ansiedade matinal é direta e comprovada.
Quando uma pessoa dorme mal seja por insônia, sono superficial ou acordando várias vezes durante a noite o cérebro não consegue realizar os processos de reorganização emocional necessários. Isso deixa o sistema nervoso mais sensível e mais propenso a acordar em estado de alerta.
Por isso, criar uma rotina noturna de qualidade é mais do que um conselho é uma necessidade para quem deseja reduzir os sintomas da ansiedade matinal.
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Isso envolve diminuir a exposição à luz azul de telas, desacelerar nas horas que antecedem o sono, utilizar técnicas de relaxamento, manter o quarto escuro e silencioso e evitar qualquer tipo de conteúdo que possa gerar ansiedade, como notícias negativas ou discussões online.
E como estamos falando sobre sono, saiba como cultivar plantas que vão reduzir sua ansiedade e melhorar o seu sono.
Para quem lida com ansiedade matinal, permanecer na cama após o despertar pode ser uma armadilha mental. Quanto mais tempo se passa deitado ruminando pensamentos negativos, mais forte fica a associação do quarto como um espaço de desconforto.
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Por isso, uma das orientações mais eficazes é levantar assim que perceber os primeiros sinais de ansiedade e buscar uma atividade simples, como tomar água, abrir a janela, respirar profundamente ou fazer uma leve caminhada pela casa.
Incluir práticas de respiração consciente logo ao acordar também pode transformar completamente o início do dia.
Técnicas que envolvem inspirar lentamente, segurar o ar por alguns segundos e soltar o ar de forma prolongada têm o poder de ativar o sistema nervoso responsável pela calma, ajudando a reduzir a sensação de aperto no peito e o excesso de pensamentos que costumam dominar as manhãs ansiosas.
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Um dos métodos mais poderosos para lidar com a ansiedade matinal é a auto-observação, uma proposta defendida pelo psiquiatra Judson Brewer.
Ele sugere que, ao notar a chegada da ansiedade, a pessoa questione: “O que esse sentimento está tentando me oferecer?” ou “O que estou realmente ganhando ao me prender a esse ciclo de preocupação?” Esse questionamento não é feito para julgar, mas para trazer consciência e clareza sobre os próprios padrões mentais.
Quando se observa o próprio estado emocional com curiosidade e sem julgamento, o cérebro começa a enfraquecer as conexões automáticas que sustentam a ansiedade.
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Essa prática de atenção plena permite que a pessoa se posicione de forma mais consciente diante dos desafios e das próprias emoções, construindo, aos poucos, um despertar menos carregado e mais leve.
Apesar de existirem diversas estratégias que ajudam a reduzir a ansiedade matinal, é fundamental reconhecer quando o problema ultrapassa os limites do controle pessoal.
Se os episódios de despertar ansioso passam a ser diários, intensos e começam a interferir no desempenho profissional, acadêmico ou nos relacionamentos, buscar auxílio de um profissional de saúde mental se torna indispensável.
A terapia, especialmente a abordagem cognitivo-comportamental, é extremamente eficaz na identificação e desconstrução dos padrões de pensamento que alimentam a ansiedade.
Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser necessário para estabilizar o quadro, sempre sob orientação de um psiquiatra. O mais importante é entender que cuidar da saúde mental é um ato de responsabilidade e amor-próprio.