Descubra como o tempo de tela está afetando sua saúde e aprenda a se proteger / Freepik
Continua depois da publicidade
Você já calculou quanto tempo realmente passa no celular por dia? No Brasil, a média é de nove horas diárias, o que nos coloca como o segundo país no mundo em tempo de tela, superando a metade das horas acordadas. Este dado, divulgado pela Electronics Hub a partir do relatório Digital 2023, acende um alerta sobre nossos hábitos.
Esse padrão de uso excessivo está causando sérios problemas de saúde, que vão desde a visão comprometida e dores musculares até distúrbios do sono e impactos na saúde mental. Infelizmente, muitas pessoas não percebem a gravidade da situação.
Continua depois da publicidade
Os danos muitas vezes se desenvolvem de forma sutil, progredindo até um estágio avançado antes que os sinais se tornem inegáveis. Portanto, é fundamental entender o que acontece com seu corpo.
Conheça também o fenômeno relacionado ao uso do celular está acabando com casamentos; ele se chama 'Phubbing'.
Continua depois da publicidade
O uso prolongado das telas é particularmente prejudicial para os olhos. A exposição contínua está diretamente associada ao aumento de casos de miopia, especialmente entre crianças e adolescentes.
Lucca Ortolan, oftalmologista da USP, afirma ao portal Techtudo que "o esforço contínuo para focar em objetos próximos pode alterar a estrutura ocular".
Um estudo realizado com universitários na Arábia Saudita aponta que 66% dos participantes relataram sintomas como olhos secos e dores de cabeça após períodos prolongados de uso do celular.
Continua depois da publicidade
Além disso, a luz azul emitida pelas telas suprime a produção de melatonina, um hormônio crucial para a regulação do sono.
Dica de leitura: Seu celular pode estar sendo usado para espionar suas contas bancárias; fique alerta!
A má postura adotada ao olhar para o celular impõe uma carga significativa sobre sua coluna cervical. A fisioterapeuta Débora Botte adverte que "a cabeça de um adulto pesa cerca de 5 kg, mas ao inclinar para frente, a pressão sobre a coluna pode chegar a 27 kg". Essa pressão constante pode gerar dores crônicas.
Continua depois da publicidade
Isso leva a problemas conhecidos, como o "text neck", uma dor persistente no pescoço devido à inclinação constante. Além disso, movimentos repetitivos de digitação frequentemente resultam em tendinite no polegar, e a compressão de nervos pode causar formigamento nas mãos.
O constante fluxo de estímulos digitais afeta profundamente a química do seu cérebro. A psicóloga Karina Stryjer esclarece que "o cérebro libera dopamina a cada notificação, criando um ciclo vicioso de recompensas rápidas que prejudicam a concentração em tarefas longas". Sua capacidade de manter o foco é, assim, severamente comprometida.
A pesquisa TIC (tecnologia de informação e comunicação) Domicílios 2022, do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), revela que 92 milhões de brasileiros acessam a internet apenas pelo celular.
Continua depois da publicidade
Um dado ainda mais preocupante é que 61% dos entrevistados relatam dificuldade para se desconectar do aparelho, mesmo depois do horário de trabalho, evidenciando uma dependência crescente.
É totalmente possível reduzir os impactos negativos do uso do celular sem precisar abandoná-lo. Especialistas recomendam programar pausas regulares: a cada 30 ou 40 minutos de uso, faça uma pausa de 5 minutos. Esse é o momento ideal para levantar, alongar o corpo e descansar os olhos.
Alguns ajustes nas configurações do seu smartphone podem fazer uma grande diferença. Diminua o brilho da tela para um nível confortável e ative o modo noturno após o pôr do sol, ajudando a diminuir a fadiga ocular.
Continua depois da publicidade
Muitos dispositivos oferecem funções para monitorar o tempo de uso diário, use-as para criar consciência sobre seus hábitos.
Se você usa o celular para trabalho ou estudo, procure alternar entre diferentes posições corporais para prevenir dores musculares.
Utilizar um suporte para o aparelho, elevando-o à altura dos olhos, evita a inclinação excessiva da cabeça. Sempre que possível, alterne entre digitar e usar comandos de voz, aliviando a tensão nos dedos e punhos.
Continua depois da publicidade