O cometa 3I/ATLAS, descoberto em julho deste ano, protagonizou um evento raro ao se aproximar de Marte em 3 de outubro / Divulgação/Hubble
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O cometa 3I/ATLAS, descoberto em julho deste ano, protagonizou um evento raro ao se aproximar de Marte em 3 de outubro.
Com trajetória hiperbólica, o cometa confirmou sua origem interestelar, sendo o terceiro visitante comprovado vindo de fora do Sistema Solar a cruzar nossa vizinhança cósmica.
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Durante a passagem, o objeto esteve a cerca de 29 milhões de quilômetros de Marte, distância que permitiu observações detalhadas por sondas como Mars Express e ExoMars, além de telescópios espaciais e terrestres.
Foi uma oportunidade única para estudar diretamente um corpo formado em ambiente estelar completamente diferente do nosso.
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O 3I/ATLAS viajou a quase 200 mil quilômetros por hora. Seu núcleo, cercado por uma coma de poeira e gases, media entre algumas centenas de metros e cinco quilômetros.
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Observações iniciais apontaram uma composição atípica, com alta concentração de dióxido de carbono em relação à água, indicando que o cometa se formou em condições ambientais muito diferentes das do Sistema Solar, possivelmente em regiões frias e distantes de outra estrela.
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Análises polarimétricas também mostraram que a luz refletida pelo cometa se comportou de forma inédita, reforçando sua singularidade.
Após o encontro com Marte, o cometa seguiu em alta velocidade, aproximando-se do Sol no fim de outubro e chegando a cerca de 270 milhões de quilômetros da Terra em dezembro. No começo de 2026, ele passará próximo a Júpiter antes de seguir seu caminho rumo ao espaço interestelar.
Para a comunidade científica, os dados coletados representaram uma chance valiosa de entender a composição desse visitante e expandir o conhecimento sobre a formação de planetas e sistemas solares em diferentes regiões da galáxia.
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