Interior de SP tende a ser afetado por forte seca com as mudanças climáticas / Foto de Engin Akyurt/Pexels
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Os padrões climatológicos do planeta estão mudando. Com cada vez mais poluentes sendo lançados na atmosfera, mais gases do efeito estufa estarão presentes e, com isso, mais quente a Terra ficará. Com efeitos já visíveis em todo o mundo, inclusive no Brasil, o interior de SP poderá sofrer várias consequências, dentre elas uma seca irreversível.
O aquecimento global está em constante monitoramento e não são poucas as entidades e cientistas que estudam o perigoso fenômeno. No Brasil, por exemplo, temos o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a Rede Clima, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) dentre outros.
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No exterior também são inúmeras as organizações que estão alertando e cobrando soluções das autoridades, tais como a Climate Central, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) dentre outras.
O interior paulista já é mundialmente conhecido por ser quente e por registrar muitas ondas de calor que não se resumem apenas ao verão. E com o avanço desenfreado das mudanças climáticas essas ondas se tornarão ainda mais fortes, com sensações térmicas delirantes e uma seca irreversível.
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Os reservatórios de água, por exemplo, demorariam muito tempo para serem repostos pelas chuvas, que passariam a ser extremamente fortes, causando grandes enchentes, mas sem a frequência necessária. Imagine chover em 24 horas o total de um mês inteiro, mas em seguida entrar um período de calor extremo e estiagem, por exemplo, por 5 ou 6 meses até que novas chuvas caiam?
A produção de cana, café, soja, laranja e assim por diante também seria muito prejudicada, tendo em vista que secas, geadas e inundações fora de época geram irregularidades naturais.
Em entrevista ao portal A Cidade On, a a engenheira ambiental e pesquisadora da PUC-Campinas, Laís Almeida de Souza, disse que as cidades do interior de SP teriam que repensar toda a sua infraestrutura para suportar esses períodos climáticos extremos, implantando estratégias que diminuam riscos urbanos e nas áreas rurais.
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Enquanto nada de mais concreto está sendo efeito ao redor do mundo, assistimos a chuvas fortes fora de época, furacões cada vez mais potentes, seca em locais que chovia muito e muita chuva onde quase não havia precipitação, invernos com termômetros passando dos 30º C, ondas de calor cada vez mais intensas e duradouras e assim por diante.