Maya Massafera passou por uma ceratopigmentação a laser com femtosegundo, um dos métodos mais modernos e menos invasivos / Reprodução/Instagram
Continua depois da publicidade
A recente revelação de Maya Massafera sobre sua mudança na cor dos olhos tem causado uma verdadeira corrida aos consultórios oftalmológicos por parte de adolescentes. A influenciadora digital apareceu nas redes sociais com olhos verdes e revelou ter passado por uma cirurgia estética, o que gerou um aumento na busca por procedimentos semelhantes, mesmo com os riscos envolvidos.
De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier em Campinas (SP), atualmente existem três técnicas para alterar a cor dos olhos: ceratopigmentação, despigmentação da íris com laser (LID) e implante de íris artificial colorida. No entanto, nenhuma dessas técnicas é recomendada para fins estéticos pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) nem pela Academia Americana de Oftalmologia (AAO), devido aos altos riscos à saúde ocular.
Continua depois da publicidade
Segundo Queiroz Neto, Maya Massafera passou por uma ceratopigmentação a laser com femtosegundo, um dos métodos mais modernos e menos invasivos. A técnica consiste em criar um canal na córnea para inserir um pigmento biocompatível, alterando a aparência da íris. Apesar de ser considerada mais precisa, a cirurgia pode causar fotofobia intensa, exigindo o uso de óculos escuros por semanas.
Além da versão a laser, a ceratopigmentação também pode ser feita de forma lamelar, entre as camadas da córnea, ou epitelial, sobre a superfície, sendo esta última mais sujeita ao desbotamento.
Continua depois da publicidade
Embora não seja indicada para estética, a ceratopigmentação é usada para tratar leucomas, cobrir defeitos congênitos da íris ou camuflar olhos sem função visual, auxiliando na autoestima de pacientes.
Os principais riscos do procedimento incluem:
A despigmentação da íris com YAG laser, ainda experimental, tenta clarear a íris original removendo sua camada superficial. A prática não é regulamentada pela Anvisa nem pela FDA. Os riscos incluem glaucoma pigmentar, manchas, fotofobia e aumento da pressão intraocular.
Continua depois da publicidade
Já o implante de íris artificial é indicado apenas em casos médicos específicos, como albinismo, lesões oculares e ausência de íris. A técnica envolve a inserção de uma prótese de silicone no interior do olho, mas não deve ser usada com fins estéticos, segundo o especialista.
“O único método seguro para mudar a cor dos olhos continua sendo o uso de lentes de contato coloridas, que hoje contam com versões confortáveis e seguras”, conclui Queiroz Neto.