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Cientistas propõem 'reduzir' luz do sol para frear aquecimento global, mas fazem alerta

Ideia de 'diminuir' a luz do sol para conter o aquecimento global desperta curiosidade, mas divide a comunidade científica

Agência Diário

Publicado em 01/11/2025 às 17:04

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A estratégia seria lançar dióxido de enxofre na estratosfera para resfriar o planeta / Freepik

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Desde a década de 1960, a ciência tem explorado teorias para reduzir o aquecimento global, já que foi nesse período que as evidências do aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera se tornaram mais convincentes.

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Hoje, diante dos impactos ainda mais intensos desse tipo de fenômeno, ideias para reduzir a temperatura do planeta de forma artificial têm sido cada vez mais discutidas.

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Dessa vez, cientistas propuseram "diminuir" a luz do sol para frear os efeitos do aquecimento global. No entanto, pesquisadores alertam que essa estratégia pode não ser eficaz e acabaria provocando um caos em escala mundial.

Saiba quais são as regiões que podem se tornar inabitáveis devido ao calor do aquecimento global.

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Qual é a ideia

De acordo com a teoria, aerossóis como dióxido de enxofre poderiam ser lançados na estratosfera para reduzir os efeitos do aquecimento global e a intensidade do sol na Terra.

A estratosfera é a segunda camada da atmosfera, localizada entre 10 e 50 km de altitude, acima da troposfera (onde vivem os seres vivos).

Já o dióxido de enxofre é um gás incolor liberado em grandes quantidades por vulcões em erupção, como o do Monte Pinatubo, nas Filipinas, que baixou a temperatura da Terra em 0,5°C no ano de 1991.

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Essa tecnologia possui até um nome próprio: injeção de aerossol estratosférico (SAI, na sigla em inglês), conceito que poderia facilmente ser retirado de um livro de ficção científica.

Veja também que metade dos brasileiros já sente no dia a dia os efeitos do aquecimento das águas.

Pontos negativos

Em um estudo publicado na Scientific Reports, V. Faye McNeill e sua equipe analisaram as barreiras físicas, políticas e econômicas que tornam a aplicação do SAI muito mais complexa na prática do que na teoria

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Segundo o Science Daily, McNeill, que é cientista de aerossóis da Escola de Clima e Engenharia da Columbia, observou o seguinte:

"Há uma série de coisas que podem acontecer se você tentar fazer isso – e estamos argumentando que a gama de resultados possíveis é muito mais ampla do que qualquer um havia imaginado até agora."

Entre os fatores que precisam ser considerados estão a altitude e a latitude de lançamento das partículas, assim como sua quantidade e o período do ano em que seriam lançadas.

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McNeill ainda ressalta que, para que o processo funcione de maneira totalmente eficaz, seria necessário um ambiente controlado, algo que, nas atuais condições geopolíticas, seria inviável.

Outras alternativas 

Segundo McNeill, em vez do dióxido de enxofre, outros materiais poderiam ser considerados para reduzir o calor da Terra.

Seria o caso de diamantes, carbonato de cálcio, alfa alumina, zircônia cúbica, titânia rutilo e anatase.

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No entanto, muitos desses materiais são extremamente caros e seriam difíceis de reduzir a partículas pequenas o suficiente para serem injetados na atmosfera.

Por Vitoria Estrela

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