Diário Mais

Vida sintética criada em laboratório: veja os embriões que nasceram sem pai nem mãe

Essas estruturas, chamadas de "embriões sintéticos" pela ausência de fertilização, prometem uma visão inédita sobre a formação de órgãos e tecidos

Agência Diário

Publicado em 14/07/2025 às 06:00

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

A inovação visa reduzir a dependência de experimentos com animais / Freepik

Continua depois da publicidade

Pesquisadores do Instituto Weizmann, em Israel, anunciaram uma conquista revolucionária: a criação de "embriões sintéticos" sem a necessidade de óvulos ou espermatozoides.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Eles usaram células-tronco de camundongos que se automontaram em estruturas embrionárias precoces, completas com cérebro inicial, coração pulsante e trato intestinal.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Cientistas desenvolvem analgésico a partir de plástico reciclado

• Cientistas encontram criatura 'enorme' no mar e se surpreendem com nova espécie

• Tomates evoluindo ao contrário: descoberta de novo estudo surpreende cientistas

Essas estruturas, chamadas de "embriões sintéticos" pela ausência de fertilização, prometem uma visão inédita sobre a formação de órgãos e tecidos no desenvolvimento embrionário natural. Esta inovação pode acelerar a pesquisa fundamental na área da biologia.

Além de aprimorar nosso conhecimento, a inovação visa reduzir a dependência de experimentos com animais, um objetivo importante na pesquisa científica. Ela também abre novas possibilidades para a obtenção de células e tecidos para transplantes humanos, oferecendo esperança para tratamentos futuros.

Continua depois da publicidade

Como eles foram criados?

A equipe do professor Jacob Hanna projetou células-tronco de camundongos para que se organizassem em estruturas complexas, incluindo um cérebro inicial e um coração pulsante. O método inovador foi detalhado em um estudo publicado na renomada revista Cell, atestando sua validade científica.

O desenvolvimento dessas estruturas ocorreu em um útero mecânico, já utilizado pela mesma equipe no ano anterior para nutrir embriões naturais de camundongos. As células-tronco foram cultivadas por mais de uma semana nesse ambiente, permitindo um crescimento e organização significativos.

Implicações e o futuro da pesquisa

Embora a maior parte das células-tronco não tenha se desenvolvido, uma pequena fração, cerca de 0,5%, formou tecidos e órgãos funcionais. Isso demonstra um avanço notável na capacidade de guiar o desenvolvimento celular em laboratório, abrindo novas portas para a medicina.

Continua depois da publicidade

A semelhança com embriões naturais de camundongos é impressionante, atingindo 95% de identidade estrutural e genética das células. Jacob Hanna ressaltou, no entanto, que esses "embriões sintéticos" não são "reais" e não poderiam se tornar animais vivos.

Mesmo assim, o professor Hanna afirmou: "Estamos muito animados com este trabalho", destacando o imenso potencial da descoberta para a compreensão dos processos biológicos. A pesquisa pode ter um impacto profundo na medicina regenerativa e no estudo da vida.

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software