Gene CDK13 falha em eliminar resíduos genéticos e pode ser o ponto de partida para tumores se formarem / Freepik
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O câncer continua sendo uma das principais causas de morte no mundo, com cerca de 9,6 milhões de vítimas por ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O impacto vai além das estatísticas: afeta pacientes, famílias e sobrecarrega os sistemas de saúde globalmente.
Para combater essa realidade, pesquisadores vêm buscando entender como o câncer começa dentro do organismo. Agora, uma equipe da Universidade de Harvard fez uma descoberta promissora envolvendo o gene CDK13, que pode abrir caminho para novos tratamentos.
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A pesquisa foi conduzida com peixes-zebra, animais muito usados em estudos genéticos. Durante os testes, a pesquisadora Megan Insco observou que o gene CDK13 parecia impedir o crescimento de tumores nas cobaias. Quando esse gene apresentava falhas, os tumores se desenvolviam com mais facilidade.
A mutação chamou atenção porque, ao analisarem amostras humanas, os cientistas encontraram alterações no CDK13 ou em proteínas associadas em cerca de 21% dos casos de melanoma — um tipo agressivo de câncer de pele.
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Esse gene tem uma função essencial: ele atua como parte de um sistema que descarta fragmentos defeituosos de RNA. Quando o CDK13 não funciona corretamente, esse “serviço de limpeza” falha, e os resíduos acabam se acumulando dentro da célula.
“Quando o RNA se forma, existem centenas de etapas, e algumas podem dar errado. O que vimos foi que o aspirador parou de funcionar, e os resíduos começaram a se acumular”, explicou Insco em um comunicado oficial.
Outro avanço no combate ao câncer veio do Brasil. O veneno de uma espécie de escorpião demonstrou eficácia contra o câncer de mama.
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Estudos recentes sugerem que as células responsáveis pela metástase se movimentam em horários específicos. Isso indica que o comportamento do câncer pode depender de fatores muito mais sutis do que se pensava.
A descoberta do papel do CDK13 ajuda a entender os bastidores da formação do câncer. O próximo passo dos pesquisadores será desenvolver formas de evitar que esse gene falhe — ou de restaurar seu funcionamento —, abrindo novas possibilidades para impedir o surgimento e a disseminação da doença.
Cientistas argentinos também avançaram. Eles revelaram uma chave imunológica contra o câncer.
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