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Cidade mais quente do Brasil já registrou calor digno do Saara e pode piorar em 2026

Pesquisadores alertam que, sem ações contra as mudanças climáticas, o município pode atingir temperaturas próximas de 50°C

Isabella Fernandes

Publicado em 05/12/2025 às 12:45

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Localizada no coração do Centro-Oeste, Cuiabá tem clima tropical semiúmido, com média anual próxima de 27°C / Prefeitura/Marcos Bergamasco

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Conhecida há décadas como uma das cidades mais quentes do Brasil, Cuiabá reforçou esse título em outubro de 2023 ao bater seu recorde histórico: 44,2°C, durante uma onda de calor severa que atingiu o Centro-Oeste. A temperatura chegou a ser comparada à registrada no Deserto do Saara.

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A medição foi feita oficialmente no dia 19 de outubro de 2023 por estações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), superando todos os registros anteriores e colocando a capital no topo das cidades mais quentes do país.

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Prefeitura/Marcos Bergamasco
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Clima extremo que só piora

Localizada no coração do Centro-Oeste, Cuiabá tem clima tropical semiúmido, com média anual próxima de 27°C. Os verões são longos, úmidos e extremamente quentes, enquanto até o inverno mantém altas temperaturas durante o dia.

Nos últimos anos, as ondas de calor se tornaram mais frequentes e duradouras, um reflexo direto das mudanças climáticas, aliado ao desmatamento e à urbanização acelerada. Especialistas apontam que a combinação entre a formação de ilhas de calor e a baixa cobertura vegetal intensifica ainda mais a sensação térmica.

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Pesquisa alerta para futuro de até 50°C

Se nada for feito para reduzir os impactos do aquecimento global, Cuiabá pode chegar a registrar 50°C nos próximos anos. O alerta é da pesquisadora Ana Paula Paes, apresentado no 1º Seminário de Mudanças Climáticas, promovido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) em parceria com a Energisa, em 2024.

Modelos climáticos indicam que episódios extremos devem se tornar mais comuns e intensos nas próximas décadas, reforçando a urgência de planejamento urbano, ampliação de áreas verdes e políticas públicas voltadas à mitigação.

Saúde em risco sob calor extremo

Os moradores convivem com riscos que vão de desidratação a complicações cardiovasculares. Crianças, idosos, gestantes e pessoas com condições médicas preexistentes são os mais vulneráveis.

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Primeira onda de calor de 40°C já tem data para atingir o país

Crianças têm menor capacidade de regular a temperatura corporal e perdem líquidos rapidamente, enquanto idosos costumam sentir menos sede e podem usar medicamentos que aumentam a desidratação.

Escolas adotam medidas para proteger alunos

Com o aumento das temperaturas, a Coordenadoria Técnica de Ensino da Secretaria Municipal de Educação orientou as escolas a reforçar cuidados para reduzir os impactos do calor extremo.

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Entre as medidas recomendadas estão o uso de umidificadores, incentivo à hidratação constante e permissão para que alunos mantenham garrafas de água sempre por perto.

Durante recreios e aulas de Educação Física, a orientação é evitar exposição direta ao sol, substituindo por atividades em ambientes protegidos, como exibição de filmes, jogos ou leitura.

A alimentação também deve receber atenção especial, com reforço no consumo de frutas e sucos. Paralelamente, a gestão municipal investe em reformas e ampliações de unidades escolares para melhorar o conforto térmico e a infraestrutura.

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