Por medo, parte da população local decidiu reconstruir suas residências mais longe da praia / GEORGE DESIPRIS/Pexels
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São Vicente, a primeira cidade do Brasil, tem muita história para contar. Com 492 anos, o município já foi palco de situações que hoje parecem bem distantes da realidade. Esse é o caso de um ‘tsunami’ que arrasou a Igreja Matriz e Pelourinho do território vicentino.
O acontecimento foi completamente narrado por Frei Gaspar da Madre de Deus em sua obra “Memórias para a História da Capitania de São Vicente”. Nos escritos, ele explica que a duração dos edifícios foi breve porque o mar levou todas as construções do local.
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Os historiadores que estudaram o tema explicam que o registro histórico não revelou a presença de vítimas ou o ano exato do desastre natural. No entanto, a data mais aceita pelos especialistas é o ano de 1541.
Por medo, parte da população local decidiu reconstruir suas residências mais longe da praia. Por conta disso, os responsáveis pela manutenção da vila convidaram moradores de outros lugares para ocupar o território. Esse é o caso das pessoas do Campo de Piratininga, que ajudaram posteriormente na defesa contra ataques indígenas.
Além disso, também nos escritos, existe a informação que dois anos após a destruição, a Câmara de Vereadores de São Vicente financiou o resgate dos itens. Com o pagamento de 620 réis, sinos e outros objetos da Igreja Matriz e do Pelourinho foram recuperados.
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Apesar de não ter tantos relatos do fenômeno natural além da obra de Frei Gaspar, oceanógrafos do litoral paulista explicam o fato.
De acordo com eles, a solução por trás do mistério é um deslocamento de camada de sedimentos, que aconteceu devido a um tremor no fundo do oceano.
Isso fez com que o mar recuasse e voltasse para a costa com um tamanho elevado e uma força anormal