Em Nova Lima (MG), trabalhadores ganham quase R$ 7 mil por mês, enquanto em Cachoeira Grande (MA) a média não chega a R$ 760. Estudo mostra desigualdade entre regiões. / Lucas Mendes/Prefeitura de Nova Lima
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Em Nova Lima (MG), trabalhadores ganham quase R$ 7 mil por mês, enquanto em Cachoeira Grande (MA) a média não chega a R$ 760. Estudo mostra desigualdade entre regiões.
A diferença de renda entre os municípios brasileiros continua enorme. Segundo dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE, a cidade de Nova Lima (MG) é a campeã nacional em renda média do trabalho: R$ 6.929 por mês por pessoa.
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Na outra ponta do ranking está Cachoeira Grande (MA), onde o rendimento médio é de R$ 759 mensais. Isso significa que o trabalhador de Nova Lima ganha nove vezes mais do que o de Cachoeira Grande, uma diferença de 813%.
O levantamento mostra que os municípios com maior renda média se concentram nas regiões Sudeste e Sul do país.
Depois de Nova Lima, aparecem:
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Essas cidades se destacam por ter economias locais fortes, presença de grandes empresas e alto índice de escolaridade da população.
Os menores rendimentos estão todos no Nordeste, especialmente no Maranhão e no Piauí.
Depois de Cachoeira Grande, aparecem:
Em média, o trabalhador brasileiro recebia R$ 2.851 por mês em 2022.
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O IBGE identificou que, em 520 cidades (cerca de 9% do total), o rendimento do trabalho era menor que o salário mínimo vigente à época, de R$ 1.212.
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Esses dados mostram o quanto o país ainda enfrenta fortes desigualdades regionais.
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O levantamento também analisou todas as fontes de renda dos lares brasileiros, como aposentadorias, pensões, programas sociais e aluguéis.
No geral, três quartos da renda das famílias (75,5%) vêm do trabalho, e o restante (24,5%) de outras fontes.
Essa proporção muda conforme a região:
No Nordeste, o trabalho representa 67,9% da renda — o menor índice do país.
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No Centro-Oeste, chega a 80,6%, o maior percentual.
O Piauí tem a menor participação do trabalho (64,3% da renda total), enquanto o Mato Grosso tem a maior (84,5%).
Nos municípios onde o trabalho mais pesa na renda, todos estão na região Centro-Oeste, com destaque para o Mato Grosso.
Em Querência (MT), por exemplo, 93,7% da renda das famílias vem do emprego formal.
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Já no outro extremo, os menores índices estão no Nordeste.
Em Vera Mendes (PI), apenas 23% da renda das famílias vem do trabalho, o restante vem de aposentadorias e programas sociais.