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Cidade brasileira paga quase R$ 7 mil por mês enquanto outra não chega a R$ 800

O levantamento do IBGE mostra que os municípios com maiores rendas médias do trabalho estão concentrados, majoritariamente, nas regiões Sudeste e Sul

Isabella Fernandes

Publicado em 28/12/2025 às 12:20

Atualizado em 28/12/2025 às 13:13

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A desigualdade de renda no Brasil segue profunda e visível quando analisada município por município / Lucas Mendes/Prefeitura de Nova Lima

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A desigualdade de renda no Brasil segue profunda e visível quando analisada município por município. Dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam um contraste extremo entre as cidades com maior e menor rendimento médio do trabalho no país.

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No topo do ranking está Nova Lima (MG), onde o rendimento médio mensal por pessoa chega a R$ 6.929. Já na outra ponta aparece Cachoeira Grande (MA), com média de apenas R$ 759 por mês. Na prática, o trabalhador de Nova Lima ganha nove vezes mais do que o de Cachoeira Grande — uma diferença de 813%.

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Lucas Mendes/Prefeitura de Nova Lima
Lucas Mendes/Prefeitura de Nova Lima
Lucas Mendes/Prefeitura de Nova Lima
Lucas Mendes/Prefeitura de Nova Lima
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Lucas Mendes/Prefeitura de Nova Lima
Lucas Mendes/Prefeitura de Nova Lima

Sudeste e Sul concentram as cidades mais ricas

O levantamento do IBGE mostra que os municípios com maiores rendas médias do trabalho estão concentrados, majoritariamente, nas regiões Sudeste e Sul. Além de Nova Lima, aparecem entre os primeiros colocados:

  • São Caetano do Sul (SP) – R$ 6.167
  • Santana de Parnaíba (SP) – R$ 6.081
  • Petrolândia (SC) – R$ 5.989
  • Vespasiano Corrêa (RS) – R$ 5.779
  • Tunápolis (SC) – R$ 5.417
  • Marema (SC) – R$ 5.395
  • Niterói (RJ) – R$ 5.371
  • Nova Ramada (RS) – R$ 5.328
  • Vitória (ES) – R$ 5.242

Essas cidades costumam apresentar economias locais mais dinâmicas, presença de grandes empresas, setores industriais ou de serviços bem estruturados e elevados níveis de escolaridade.

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Nordeste concentra os menores rendimentos

No extremo oposto do ranking, os municípios com menor renda média estão concentrados no Nordeste, especialmente nos estados do Maranhão e do Piauí. Depois de Cachoeira Grande, aparecem:

  • Caraúbas do Piauí (PI) – R$ 788
  • Mulungu do Morro (BA) – R$ 805
  • Bacurituba (MA) – R$ 811
  • São João do Arraial (PI) – R$ 820
  • Betânia do Piauí (PI) – R$ 828
  • São José do Piauí (PI) – R$ 833
  • Salitre (CE) – R$ 851
  • Tomar do Geru (SE) – R$ 876
  • Cedral (MA) – R$ 878

Nesses locais, a baixa diversificação econômica, a informalidade e a dependência de programas sociais influenciam diretamente os rendimentos.

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Renda média nacional e cidades abaixo do salário mínimo

Em 2022, a renda média mensal do trabalho no Brasil foi de R$ 2.851. Apesar disso, o IBGE identificou que 520 municípios, cerca de 9% do total, apresentaram rendimento médio inferior ao salário mínimo vigente na época, que era de R$ 1.212.

O dado reforça o desafio histórico do país em reduzir desigualdades regionais e garantir renda mínima suficiente em todas as localidades.

De onde vem o dinheiro das famílias brasileiras

O estudo também analisou todas as fontes de renda das famílias, incluindo aposentadorias, pensões, benefícios sociais e aluguéis. No cenário nacional, 75,5% da renda familiar vem do trabalho, enquanto 24,5% têm origem em outras fontes.

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Essa proporção varia significativamente entre as regiões:

  • Nordeste: 67,9% da renda vem do trabalho
  • Centro-Oeste: 80,6%, o maior percentual do país

Entre os estados, o Piauí tem a menor participação do trabalho na renda familiar (64,3%), enquanto o Mato Grosso lidera, com 84,5%.

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