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Cidade brasileira conhecida como 'capital dos anões' reúne moradores de até 1,40 m

Por trás desse título curioso, há uma mistura de genética rara e isolamento geográfico

Isabella Fernandes

Publicado em 06/12/2025 às 14:20

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Estamos falando de Itabaianinha, que por décadas recebeu, não sem polêmicas, o apelido de "Cidade dos Anões". / Divulgação

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No interior de Sergipe existe um município que, sem querer, acabou ganhando fama no Brasil e no mundo por um motivo bem diferente: a grande quantidade de moradores com nanismo. Estamos falando de Itabaianinha, que por décadas recebeu, não sem polêmicas, o apelido de “Cidade dos Anões”.

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Por trás desse título curioso, há uma mistura de genética rara, isolamento geográfico e uma comunidade que aprendeu a transformar sua história em identidade, sempre com muito orgulho.

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Como tudo começou: amor e genética

O ponto zero dessa história fica no povoado de Carretéis, zona rural do município. Por séculos, o local foi tão isolado que casamentos entre parentes próximos acabaram sendo comuns, algo típico de regiões interioranas antigas. Só que, ali, isso ajudou a espalhar uma mutação genética chamada Deficiência Isolada do Hormônio do Crescimento (DIGH).

A condição reduz a produção do hormônio de crescimento, fazendo com que a pessoa tenha baixa estatura, mas com as proporções corporais normais. Em Carretéis, chegou-se ao impressionante índice de 1 morador afetado a cada 32 habitantes, algo praticamente único no mundo.

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Ao longo de oito gerações, mais de 130 pessoas nasceram com a condição, criando um caso médico tão específico que virou referência internacional.

Fama mundial: Itabaianinha na TV

Com um caso tão raro, não demorou para a cidade chamar atenção. A partir dos anos 1980, pesquisadores, jornalistas e produtores estrangeiros começaram a bater ponto no município.

Nos anos 1990, um jornalista italiano descreveu os moradores como “criaturas doces e diferentes, que parecem ter saído de um livro de fadas”. A frase rendeu elogios, críticas, debates, e garantiu ainda mais visibilidade à cidade.

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De lá pra cá, Itabaianinha já apareceu em documentários, jornais estrangeiros e até em reportagens recentes da CNN Brasil, sempre despertando curiosidade e simpatia.

Identidade, orgulho e cultura

Apesar dos desafios, a comunidade de Itabaianinha transformou a condição genética em parte de sua identidade. O assunto é tratado com naturalidade, respeito e até bom humor por muitos moradores.

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A banda sergipana Siri Mania eternizou o orgulho local na música “Sou de Itabaianinha”, celebrando o município e sua história única.

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