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China está criando seu próprio "Sol" e pode revolucionar a produção de energia no mundo

O país está desenvolvendo um projeto ambicioso capaz de reproduzir as mesmas reações que acontecem no interior do Sol

Fábio Rocha

Publicado em 09/11/2025 às 08:52

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A China desenvolve o projeto EAST, um reator que busca reproduzir na Terra a energia gerada pelo Sol / Imagem gerada por IA/ImageFX

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A China deu mais um passo rumo ao futuro da geração de energia limpa. O país está desenvolvendo um projeto ambicioso conhecido como EAST (Experimental Advanced Superconducting Tokamak),  um reator capaz de reproduzir, em escala controlada, as mesmas reações que acontecem no interior do Sol.

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O objetivo é criar uma fonte de energia de fusão nuclear praticamente inesgotável, sem emissão de carbono e com enorme potencial para substituir combustíveis fósseis no futuro.

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Um “Sol artificial” em laboratório

O reator funciona aquecendo partículas de hidrogênio a temperaturas superiores a 160 milhões de °C, cerca de dez vezes mais quente que o núcleo do Sol real. Nessa condição extrema, os átomos entram em fusão, liberando uma quantidade de energia gigantesca.

O objetivo é criar uma fonte de energia limpa, segura e praticamente inesgotável, baseada na fusão nuclear / Imagens geradas por IA/ImageFX
O objetivo é criar uma fonte de energia limpa, segura e praticamente inesgotável, baseada na fusão nuclear / Imagens geradas por IA/ImageFX
O reator aquece partículas de hidrogênio a mais de 160 milhões de graus Celsius, dez vezes mais quente que o núcleo solar
O reator aquece partículas de hidrogênio a mais de 160 milhões de graus Celsius, dez vezes mais quente que o núcleo solar
O processo usa deutério, um tipo de hidrogênio extraído da água do mar, essencial para que a fusão aconteça
O processo usa deutério, um tipo de hidrogênio extraído da água do mar, essencial para que a fusão aconteça
Dentro do reator, o deutério é transformado em plasma, um estado superquente formado por núcleos e elétrons
Dentro do reator, o deutério é transformado em plasma, um estado superquente formado por núcleos e elétrons
A China também incorporou inteligência artificial para monitorar e ajustar o plasma em tempo real, aumentando a estabilidade e segurança do experimento
A China também incorporou inteligência artificial para monitorar e ajustar o plasma em tempo real, aumentando a estabilidade e segurança do experimento

O segredo do processo está no deutério, um tipo de hidrogênio presente na água do mar, conhecido como “hidrogênio pesado”. 

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Quando inserido no reator, o elemento é transformado em plasma, um estado da matéria formado por núcleos e elétrons altamente energizados.

Inteligência artificial 

Um dos avanços mais recentes do projeto é a incorporação de um sistema de inteligência artificial capaz de monitorar o comportamento do plasma em tempo real e ajustar automaticamente o reator para manter a estabilidade da fusão. 

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Essa inovação tornou o processo mais seguro e eficiente, aproximando os cientistas de um dos maiores desafios da física moderna: conter a fusão nuclear de forma contínua e controlada.

Perspectivas para o futuro

O projeto ainda está em fase experimental, mas os resultados têm despertado atenção internacional. Pesquisadores acreditam que, quando aperfeiçoado, o “Sol artificial” poderá produzir grandes quantidades de energia limpa e barata, revolucionando a matriz energética global e reduzindo drasticamente o impacto ambiental da produção de eletricidade.

Se alcançar seu objetivo, o reator EAST poderá marcar o início de uma nova era, em que a humanidade finalmente dominará o poder das estrelas para abastecer o planeta.

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Principais pontos

  • A China desenvolve o projeto EAST, um reator que busca reproduzir na Terra a energia gerada pelo Sol.
  • O objetivo é criar uma fonte de energia limpa, segura e praticamente inesgotável, baseada na fusão nuclear.
  • O reator aquece partículas de hidrogênio a mais de 160 milhões de graus Celsius, dez vezes mais quente que o núcleo solar.
  • O processo usa deutério, um tipo de hidrogênio extraído da água do mar, essencial para que a fusão aconteça.
  • Dentro do reator, o deutério é transformado em plasma, um estado superquente formado por núcleos e elétrons.
  • A China também incorporou inteligência artificial para monitorar e ajustar o plasma em tempo real, aumentando a estabilidade e segurança do experimento.
  • Embora ainda em fase experimental, o “Sol artificial” pode revolucionar a geração global de energia, reduzindo o uso de combustíveis fósseis e as emissões de carbono.

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