A China desenvolve o projeto EAST, um reator que busca reproduzir na Terra a energia gerada pelo Sol / Imagem gerada por IA/ImageFX
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A China deu mais um passo rumo ao futuro da geração de energia limpa. O país está desenvolvendo um projeto ambicioso conhecido como EAST (Experimental Advanced Superconducting Tokamak), um reator capaz de reproduzir, em escala controlada, as mesmas reações que acontecem no interior do Sol.
O objetivo é criar uma fonte de energia de fusão nuclear praticamente inesgotável, sem emissão de carbono e com enorme potencial para substituir combustíveis fósseis no futuro.
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O reator funciona aquecendo partículas de hidrogênio a temperaturas superiores a 160 milhões de °C, cerca de dez vezes mais quente que o núcleo do Sol real. Nessa condição extrema, os átomos entram em fusão, liberando uma quantidade de energia gigantesca.
O segredo do processo está no deutério, um tipo de hidrogênio presente na água do mar, conhecido como “hidrogênio pesado”.
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Quando inserido no reator, o elemento é transformado em plasma, um estado da matéria formado por núcleos e elétrons altamente energizados.
Um dos avanços mais recentes do projeto é a incorporação de um sistema de inteligência artificial capaz de monitorar o comportamento do plasma em tempo real e ajustar automaticamente o reator para manter a estabilidade da fusão.
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Essa inovação tornou o processo mais seguro e eficiente, aproximando os cientistas de um dos maiores desafios da física moderna: conter a fusão nuclear de forma contínua e controlada.
O projeto ainda está em fase experimental, mas os resultados têm despertado atenção internacional. Pesquisadores acreditam que, quando aperfeiçoado, o “Sol artificial” poderá produzir grandes quantidades de energia limpa e barata, revolucionando a matriz energética global e reduzindo drasticamente o impacto ambiental da produção de eletricidade.
Se alcançar seu objetivo, o reator EAST poderá marcar o início de uma nova era, em que a humanidade finalmente dominará o poder das estrelas para abastecer o planeta.
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