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Chamada de 'formigueiro humano', essa cidade da Grande SP não tem mais espaço para nada

Com ruas lotadas e prédios colados, esse pequeno município virou um símbolo do aperto urbano

Jeferson Marques

Publicado em 13/10/2025 às 14:11

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Cidade atualmente está com mais pessoas do que comportaria / Imagem gerada por IA

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Localizada a oeste da capital paulista, Taboão da Serra acumula mais de 13 mil habitantes por quilômetro quadrado. Para entender a dimensão: se cada quilômetro quadrado fosse convertido em 140 campos de futebol, seria como ter quase 92 pessoas jogando ao mesmo tempo em cada campo (sendo que uma partida oficial tem apenas 22 jogadores).

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A história do município começou no início do século XX, com a origem rural da então Vila Poá, parte do território de Itapecerica da Serra. Naquela época, com cerca de 20 km², era principalmente área agrícola. Em 1959, a emancipação garantiu autonomia administrativa à cidade, que já começava a receber melhorias como praças, parques e escolas.

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Com o tempo, a proximidade com São Paulo tornou Taboão ainda mais atrativa. Muitos moradores da capital migraram para lá em busca de imóveis mais acessíveis, sem abrir mão da estrutura urbana que oferecia fácil acesso à capital. O resultado: uma explosão populacional em um espaço que não se expandiu.

Hoje, o município abriga mais de 273 mil habitantes — todos vivendo em 20 km². A área é completamente urbana: a taxa de urbanização é de praticamente 100%, o que significa que já não há terreno “livre” para novas construções significativas. Mesmo assim, a população continua crescendo, comprimindo ainda mais o tecido urbano.

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O fenômeno é preocupante: com espaço limitado e população crescente, a cidade torna-se cada vez mais densa, com ruas, serviços e infraestrutura sofrendo para acompanhar o ritmo. Não é apenas um “cidade cheia” — é uma metrópole compacta, um exemplo vivo de como a urbanização desenfreada pode transformar áreas em verdadeiros “aglomerados humanos”.

 

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