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Celular no bolso, no ouvido ou na cabeceira? Físico explica os riscos e hábitos seguros

Professor abordou em um vídeo no YouTube o tema dos possíveis danos causados pelo uso do telefone celular

Agência Diário

Publicado em 10/11/2025 às 23:04

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A comunidade científica internacional confirma que os celulares emitem e recebem ondas de rádio e micro-ondas / Freepik

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Você costuma dormir com o celular ao lado da cama, atendê-lo encostado ao ouvido ou carregá-lo no bolso o dia todo? Embora o uso dos smartphones faça parte da rotina moderna, especialistas alertam que alguns hábitos podem aumentar a exposição à radiação emitida pelos aparelhos.

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O professor Vincenzo Schettini, criador do projeto “A Física que a gente gosta”, abordou em um vídeo no YouTube o tema dos possíveis danos causados pelo uso do telefone celular. Em sua explicação, ele faz uma distinção clara entre ondas ionizantes e não ionizantes.

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A comunidade científica internacional confirma que os celulares emitem e recebem ondas de rádio e micro-ondas, que pertencem à categoria das ondas não ionizantes. Diferentemente dos raios X e dos raios gama, essas ondas não têm energia suficiente para alterar diretamente a estrutura do DNA.

Segundo a física clássica, a intensidade do campo eletromagnético diminui exponencialmente com o aumento da distância em relação ao aparelho: a 20 centímetros, a exposição cai mais de 90%.

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Essa relação, conhecida como lei do inverso do quadrado da distância, é o princípio fundamental por trás de qualquer estratégia para reduzir a exposição.

Veja também como carregar a bateria do celular quando falta luz em casa.

A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) classificou os campos de radiofrequência como possivelmente cancerígenos para humanos (categoria 2B), ou seja, com provas ainda limitadas / Fotos: Freepik
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) classificou os campos de radiofrequência como possivelmente cancerígenos para humanos (categoria 2B), ou seja, com provas ainda limitadas / Fotos: Freepik
Já a Associação Italiana de Pesquisa sobre o Câncer (AIRC) destaca que não há evidências científicas suficientes que sustentem uma relação direta de causa e efeito entre a exposição a campos eletromagnéticos e o surgimento de tumores cerebrais
Já a Associação Italiana de Pesquisa sobre o Câncer (AIRC) destaca que não há evidências científicas suficientes que sustentem uma relação direta de causa e efeito entre a exposição a campos eletromagnéticos e o surgimento de tumores cerebrais
Mesmo assim, a comunidade científica concorda que é necessário continuar investigando
Mesmo assim, a comunidade científica concorda que é necessário continuar investigando
Em seu comunicado mais recente, de 22 de outubro de 2024, a AIRC afirmou que "as provas disponíveis não são suficientes para afirmar que existe um vínculo, especialmente com os celulares de nova geração"
Em seu comunicado mais recente, de 22 de outubro de 2024, a AIRC afirmou que "as provas disponíveis não são suficientes para afirmar que existe um vínculo, especialmente com os celulares de nova geração"

O que diz a pesquisa científica sobre os riscos à saúde

A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) classificou os campos de radiofrequência como possivelmente cancerígenos para humanos (categoria 2B), ou seja, com provas ainda limitadas.

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Já a Associação Italiana de Pesquisa sobre o Câncer (AIRC) destaca que não há evidências científicas suficientes que sustentem uma relação direta de causa e efeito entre a exposição a campos eletromagnéticos e o surgimento de tumores cerebrais. Mesmo assim, a comunidade científica concorda que é necessário continuar investigando.

Em seu comunicado mais recente, de 22 de outubro de 2024, a AIRC afirmou que “as provas disponíveis não são suficientes para afirmar que existe um vínculo, especialmente com os celulares de nova geração”.

O recado principal da ciência segue sendo de prudência: não há conexão comprovada até o momento, mas o monitoramento e a pesquisa devem continuar.

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E saiba também que esta função esquecida está acabando com a bateria do seu celular sem você perceber.

Quatro hábitos cotidianos: avaliação de riscos e recomendações

1. Celular encostado ao ouvido durante ligações

O uso prolongado do telefone junto ao ouvido aumenta a exposição. Schettini recomenda, por precaução, usar o viva-voz ou fones de ouvido, mantendo o aparelho a uma distância mínima. A apenas 10 ou 20 centímetros, a intensidade do campo cai drasticamente.

2. Uso de fones de ouvido (com fio e sem fio)

Os fones com fio transmitem o som por meio de um condutor, sem emissões eletromagnéticas relevantes. Já os fones Bluetooth operam com tecnologia de baixa potência, emitindo radiação cerca de cem vezes menor do que o próprio celular.

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3. Celular no bolso

Guardar o aparelho no bolso mantém contato direto com o corpo, especialmente com regiões sensíveis, e pode gerar exposição contínua, mesmo quando o celular não está em uso.

O risco aumenta quando o sinal está fraco, pois o aparelho amplia automaticamente a potência de emissão para buscar rede. A recomendação é deixar o celular em uma bolsa ou mochila.

4. Celular na cabeceira à noite

A mais de 50 centímetros da cabeça, a exposição é considerada desprezível, segundo os princípios físicos explicados.

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No entanto, por precaução, o físico recomenda não dormir com o aparelho debaixo do travesseiro nem em contato direto com o corpo. O ideal é deixá-lo em uma superfície afastada ou até em outro cômodo.

O professor conclui que, embora não existam provas científicas concretas de danos causados pelos celulares, pequenas mudanças de hábito podem reduzir a exposição desnecessária, sem comprometer o uso cotidiano da tecnologia.

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