Em cada região do Brasil há um estilo de roupa de frio para encarar o inverno / Foto de Matt Hardy/Pexels
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O inverno brasileiro pode até não ter nevascas como na Europa (com exeção do ano de 1975, quando centenas de brasileiros perderam a vida em uma onda de frio cruel) mas quando as baixas temperaturas chegam — especialmente no Sul e Sudeste — o guarda-roupa muda, e algumas peças tradicionais voltam com força total. Em um país de climas tão variados, o estilo para se proteger do frio também muda conforme a cultura local.
No Sul, o poncho gaúcho é símbolo de tradição e resistência ao frio. Feito geralmente de lã grossa, cobre o corpo todo e é comum em áreas rurais do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Já em cidades como São Paulo e Curitiba, é comum ver a combinação urbana de casacos de lã, cachecóis e botas — muitas vezes mais inspiradas na moda internacional do que na necessidade térmica real.
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No interior de Minas e do Centro-Oeste, o frio aparece mais pela manhã e à noite. Por isso, o truque é o famoso “efeito cebola”: várias camadas de roupas que podem ser tiradas ao longo do dia, à medida que o sol esquenta.
Outro item curioso que ressurge todo ano é o pijama flanelado, queridinho nas regiões mais frias do Sudeste. Em áreas de clima mais ameno do Nordeste, como na Chapada Diamantina ou em áreas serranas do Ceará e da Paraíba, mantas e moletons também ganham destaque, provando que o frio brasileiro pode ser democrático — e até estiloso.
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Além de proteger, as roupas de inverno também contam histórias. Em comunidades indígenas e quilombolas, peças de frio tradicionais são feitas artesanalmente, com materiais naturais e técnicas passadas de geração em geração.
Seja com um casacão europeu, um moleton vintage ou o clássico poncho campeiro, o Brasil mostra que o inverno também pode ser uma oportunidade para misturar tradição, criatividade e identidade regional.
*Com informações do IBGE, BBC Brasil e Uol
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