Em 2022 o Brasil produziu 400 mil toneladas de ligas e derivados de silício / José Cruz/Agencia Brasil
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Pouca gente imagina, mas o interior do Brasil abriga um dos maiores tesouros minerais do planeta. Em Cristalina, município de Goiás, está localizada a maior reserva pura de silício do mundo, um material indispensável para a fabricação de computadores, satélites e até equipamentos hospitalares.
A jazida, descoberta ainda em 1920, estende-se por mais de 40 quilômetros e chega a 100 metros de profundidade, mantendo até hoje papel estratégico na indústria internacional.
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Apesar de conhecida há mais de um século, foi apenas após a Segunda Guerra Mundial que a região ganhou protagonismo no mercado global.
Desde então, o silício brasileiro passou a ser fundamental para setores de alta tecnologia, colocando o país entre os maiores produtores da matéria-prima.
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Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, em 2022 o Brasil produziu 400 mil toneladas de ligas e derivados de silício.
O volume nacional representa entre 10% e 15% da produção mundial, estimada em cerca de 8 milhões de toneladas por ano. Isso significa que, anualmente, o país responde por algo entre 800 mil e 1,2 milhão de toneladas.
Embora Goiás concentre a maior reserva pura, estados como Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Santa Catarina também têm participação relevante na extração e no processamento do mineral.
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O silício é um semimetal com propriedades tanto metálicas quanto não metálicas, o que garante versatilidade de aplicações. Saiba mais sobre o silício no vídeo abaixo:
Além da indústria eletrônica, que depende dele para fabricar chips, placas e dispositivos de comunicação, o material tem importância no artesanato e na joalheria, sendo usado em cristais, ouro e pedras preciosas.
Outro impacto está no turismo. Regiões onde há reservas naturais atraem visitantes interessados em ecoturismo e até em observar fenômenos astronômicos, aproveitando o ambiente singular criado em torno dessas jazidas.
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