Brasília é a melhor capital do Brasil segundo o IPS / Agência Brasil
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Um levantamento de proporções inéditas, o Índice de Progresso Social (IPS), foi aplicado em todos os 5.571 municípios do Brasil para criar um ranking completo de qualidade de vida. A medição abrange, pela primeira vez, todas as cidades e estados do País.
O índice é uma ferramenta poderosa para medir o bem-estar da população, baseada em três pilares principais: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos para o Bem-estar e Oportunidades. Sua aplicação anual permite um acompanhamento contínuo da evolução social.
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Um dos pontos cruciais do IPS é a sua metodologia, que prioriza resultados sociais e ambientais em vez de dados puramente econômicos. Essa abordagem revela que a riqueza não é o único fator determinante da qualidade de vida.
O principal objetivo do Índice de Progresso Social, segundo seu coordenador, Beto Veríssimo, é ir além de dados financeiros já consolidados, como o Produto Interno Bruto (PIB), para qualificar os resultados sociais e colocá-los em um contexto de progresso.
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Veríssimo explicou ao portal O Globo que o foco é o resultado final para o cidadão: “Para o IPS não interessa quanto o município investe. Queremos saber o resultado, saber se no final do dia as pessoas estão vivendo melhor.”
A aplicação desse princípio explica por que cidades com alta renda podem não estar entre as melhores no IPS. Veríssimo é categórico ao afirmar: “Nem sempre a cidade com maior renda tem melhor qualidade de vida,” demonstrando a importância de fatores sociais.
Essa metodologia acaba funcionando também como um indicador de disparidade social, pois, de acordo com o coordenador, “O IPS não tem indicador de renda, mas de certa forma consegue medir desigualdade social. Então cidades mais desiguais são afetadas”.
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Isso ajuda a entender a performance de metrópoles como Rio de Janeiro e São Paulo. Enquanto a primeira ficou em 14º lugar no ranking das capitais, São Paulo, apesar de ser a capital do estado líder, alcançou apenas a 6ª colocação.
A desigualdade se torna invisível em alguns contextos, como observa o coordenador: “Quem conhece as praias do Rio e de Maceió não vê de perto os problemas sociais.”, indicando que a riqueza turística esconde a falta de progresso social em outras áreas.
Os estados que apresentaram o melhor desempenho, com base na média dos seus municípios, foram aqueles que demonstraram um progresso social mais equilibrado em suas diferentes regiões. O estado de São Paulo liderou com 66,25 pontos.
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Os outros estados que compõem o top 5 são: Santa Catarina (64,24), Paraná (63,49), Minas Gerais (63,11) e Goiás (62,79). Eles se destacam ao garantir que as necessidades básicas e as oportunidades sejam distribuídas de forma mais eficiente.
Entre as capitais, a pesquisa evidenciou o sucesso do planejamento urbano, com Brasília em primeiro lugar, alcançando 71,25 pontos. Ela é seguida de perto por outras capitais que investiram em infraestrutura e bem-estar social para seus habitantes.
A lista das cinco capitais mais bem avaliadas inclui Goiânia (70,49), Belo Horizonte (69,62), Florianópolis (69,56) e Curitiba (69,36). Tais resultados confirmam a tendência de que cidades planejadas conseguem um progresso social mais notável.
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Em contraste, os piores resultados entre os estados foram: Amapá (55,76), Maranhão (55,72), Rondônia (55,67), Acre (55,31) e Pará, que ficou na última colocação com 53,20. Isso evidencia a disparidade regional do progresso social no País.
Confira a seguir as listas completas dos cinco melhores estados e das cinco melhores capitais, segundo os resultados do Índice de Progresso Social no Brasil: