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Brasil ganha ranking inédito de bem-estar e resultado desmonta mito da cidade rica

O novo Índice de Progresso Social mostra que cidades ricas podem ter qualidade de vida menor devido à desigualdade

Agência Diário

Publicado em 28/09/2025 às 14:05

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Brasília é a melhor capital do Brasil segundo o IPS / Agência Brasil

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Um levantamento de proporções inéditas, o Índice de Progresso Social (IPS), foi aplicado em todos os 5.571 municípios do Brasil para criar um ranking completo de qualidade de vida. A medição abrange, pela primeira vez, todas as cidades e estados do País.

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O índice é uma ferramenta poderosa para medir o bem-estar da população, baseada em três pilares principais: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos para o Bem-estar e Oportunidades. Sua aplicação anual permite um acompanhamento contínuo da evolução social.

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Um dos pontos cruciais do IPS é a sua metodologia, que prioriza resultados sociais e ambientais em vez de dados puramente econômicos. Essa abordagem revela que a riqueza não é o único fator determinante da qualidade de vida.

A diferença entre renda e progresso social

O principal objetivo do Índice de Progresso Social, segundo seu coordenador, Beto Veríssimo, é ir além de dados financeiros já consolidados, como o Produto Interno Bruto (PIB), para qualificar os resultados sociais e colocá-los em um contexto de progresso.

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Veríssimo explicou ao portal O Globo que o foco é o resultado final para o cidadão: “Para o IPS não interessa quanto o município investe. Queremos saber o resultado, saber se no final do dia as pessoas estão vivendo melhor.”

A aplicação desse princípio explica por que cidades com alta renda podem não estar entre as melhores no IPS. Veríssimo é categórico ao afirmar: “Nem sempre a cidade com maior renda tem melhor qualidade de vida,” demonstrando a importância de fatores sociais.

Essa metodologia acaba funcionando também como um indicador de disparidade social, pois, de acordo com o coordenador, “O IPS não tem indicador de renda, mas de certa forma consegue medir desigualdade social. Então cidades mais desiguais são afetadas”.

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Isso ajuda a entender a performance de metrópoles como Rio de Janeiro e São Paulo. Enquanto a primeira ficou em 14º lugar no ranking das capitais, São Paulo, apesar de ser a capital do estado líder, alcançou apenas a 6ª colocação.

A desigualdade se torna invisível em alguns contextos, como observa o coordenador: “Quem conhece as praias do Rio e de Maceió não vê de perto os problemas sociais.”, indicando que a riqueza turística esconde a falta de progresso social em outras áreas.

Os estados e capitais no topo da lista

Os estados que apresentaram o melhor desempenho, com base na média dos seus municípios, foram aqueles que demonstraram um progresso social mais equilibrado em suas diferentes regiões. O estado de São Paulo liderou com 66,25 pontos.

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Os outros estados que compõem o top 5 são: Santa Catarina (64,24), Paraná (63,49), Minas Gerais (63,11) e Goiás (62,79). Eles se destacam ao garantir que as necessidades básicas e as oportunidades sejam distribuídas de forma mais eficiente.

Entre as capitais, a pesquisa evidenciou o sucesso do planejamento urbano, com Brasília em primeiro lugar, alcançando 71,25 pontos. Ela é seguida de perto por outras capitais que investiram em infraestrutura e bem-estar social para seus habitantes.

A lista das cinco capitais mais bem avaliadas inclui Goiânia (70,49), Belo Horizonte (69,62), Florianópolis (69,56) e Curitiba (69,36). Tais resultados confirmam a tendência de que cidades planejadas conseguem um progresso social mais notável.

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Em contraste, os piores resultados entre os estados foram: Amapá (55,76), Maranhão (55,72), Rondônia (55,67), Acre (55,31) e Pará, que ficou na última colocação com 53,20. Isso evidencia a disparidade regional do progresso social no País.

Confira a seguir as listas completas dos cinco melhores estados e das cinco melhores capitais, segundo os resultados do Índice de Progresso Social no Brasil:

Estados campeões:

  • São Paulo - 66,25
  • Santa Catarina - 64,24
  • Paraná - 63,49
  • Minas Gerais - 63,11
  • Goiás - 62,79

Melhores capitais:

  • Brasília - 71,25
  • Goiânia - 70,49
  • Belo Horizonte - 69,62
  • Florianópolis - 69,56
  • Curitiba - 69,36

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