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O cheiro forte da naftalina age como um repelente natural. Ratos, por exemplo, evitam o odor, o que reduz o risco de danos aos fios elétricos
Ao abrir a porta de um carro parado por muito tempo e sentir o cheiro característico da naftalina / Pexels/Mike Bird
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Ao abrir a porta de um carro parado por muito tempo e sentir o cheiro característico da naftalina, algumas pessoas podem estranhar. Afinal, esse produto é mais conhecido por seu uso em guarda-roupas ou cômodas antigas.
Mas a verdade é que as bolinhas de naftalina têm ganhado um novo papel: proteger veículos de pragas e odores indesejáveis.
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A prática, cada vez mais comum em regiões úmidas ou litorâneas, é adotada principalmente por quem deixa o carro parado por semanas ou até meses. E por mais que pareça uma solução de “vó”, ela tem fundamento e pode evitar dores de cabeça.
A principal razão para usar naftalina no carro está relacionada à proteção contra pragas urbanas, como ratos, baratas e traças. Esses animais costumam procurar locais fechados, quentes e escuros para se abrigar e o interior de um carro parado oferece tudo isso.
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O cheiro forte da naftalina age como um repelente natural. Ratos, por exemplo, evitam o odor, o que reduz o risco de danos aos fios elétricos, revestimentos internos e até ao sistema de ventilação do veículo. Um único roedor pode causar prejuízos altos ao roer cabos ou se alojar no motor.
Outro benefício da naftalina é sua capacidade de evitar o acúmulo de umidade, que favorece a formação de mofo em estofados, carpetes e tetos internos. Em carros parados por muito tempo, especialmente em locais fechados ou sem ventilação, esse problema é mais comum do que se imagina.
As bolinhas ajudam a manter o ambiente seco e com um odor característico, ainda que nem todos apreciem o aroma. O importante é que, ao voltar a usar o carro, ele esteja livre de odores mais fortes, como de mofo ou matéria orgânica.
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O ideal é colocar algumas bolinhas de naftalina dentro de saquinhos de pano ou meias finas e distribuí-las em pontos estratégicos, como o porta-malas, o assoalho e o compartimento do motor (com cuidado). É importante não deixá-las soltas, para evitar que entrem em contato direto com superfícies plásticas ou de borracha, que podem manchar com o tempo.
Se o carro for usado com frequência, o uso contínuo não é recomendado. O ideal é aplicar a técnica apenas quando o veículo vai ficar parado por muitos dias, como em viagens ou em casas de veraneio.
Vale lembrar que a naftalina é tóxica se ingerida e deve ser mantida longe de crianças e animais domésticos. Para quem busca alternativas mais seguras, existem sachês antimofo e repelentes naturais à base de cravo-da-índia, canela ou óleo de citronela, que também funcionam bem em ambientes fechados.
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Assim como colocar sacos plásticos nos retrovisores ou usar madeira sob os pneus, recorrer à naftalina é uma daquelas soluções simples que podem preservar o carro de problemas maiores. Com um custo mínimo, é possível evitar danos caros e manter o interior do veículo em boas condições.
Quem já passou por situações como encontrar fezes de roedores, estofados com mofo ou fios roídos sabe: prevenir é melhor, e bem mais barato, do que remediar.