SAÚDE

Bebida tão comum e popular quanto a água aumenta o risco de câncer em até 85%

Essa descoberta levanta sérias questões sobre nossos hábitos de consumo e o impacto que eles têm na nossa saúde

Agência Diário

Publicado em 08/08/2025 às 15:50

Atualizado em 08/08/2025 às 16:01

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Aumente sua proteção hepática: veja o que diz a ciência de Harvard / Pexels

Continua depois da publicidade

Um estudo recente de Harvard revela uma ligação preocupante: refrigerantes podem aumentar o risco de câncer de fígado em até 85%. Além disso, essas bebidas açucaradas podem contribuir para um aumento de 68% na mortalidade por doença hepática crônica, como a cirrose.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

A pesquisa, um divisor de águas, foi publicada na prestigiada revista JAMA. Essa descoberta levanta sérias questões sobre nossos hábitos de consumo e o impacto que eles têm na nossa saúde.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Esse refrigerante marcou a sua geração, mas acabou desaparecendo dos mercados

• Sucesso há 40 anos, refrigerante icônico dos anos 80 está de volta com nova fórmula

• Furo da lata de refrigerante tem uma utilidade importante e não é para colocar canudo

O fígado é um órgão vital que atua como um filtro do corpo, e protegê-lo é fundamental para o bem-estar geral. Saber que algo tão comum como o refrigerante pode ser uma ameaça é um alerta que não podemos ignorar.

Pesquisadores do Brigham and Women's Hospital, vinculado à Universidade de Harvard, conduziram o estudo.

Continua depois da publicidade

Eles analisaram cuidadosamente uma amostra de 100 mil mulheres na pós-menopausa, investigando seus padrões de consumo de bebidas açucaradas e monitorando a incidência de câncer e cirrose ao longo de mais de duas décadas.

Veja também que um adoçante comum em produtos zero açúcar pode afetar o cérebro e o coração.

Dados que acendem o alerta

Cerca de 7% das participantes consumiam bebidas açucaradas diariamente. Entre elas, o risco de morte por câncer de fígado foi 85% maior, e o risco de morte por doença hepática crônica aumentou 68%.

Continua depois da publicidade

Por outro lado, o consumo de bebidas adoçadas artificialmente não mostrou acréscimo no risco, o que sugere um problema específico com o açúcar.

Apesar de ser um estudo observacional, que pede mais pesquisas, os resultados são robustos o suficiente para gerar uma recomendação de saúde pública.

"Se nossas descobertas forem confirmadas, a redução do consumo de bebidas açucaradas pode servir como uma estratégia de saúde pública para reduzir a carga de doenças hepáticas", afirmou Longgang Zhao,  ao portal Oncoguia.

Continua depois da publicidade

Entenda também por que devemos beber café com cafeína e sem açúcar.

Como o açúcar afeta o fígado?

O mecanismo exato ainda está sob investigação, mas a teoria principal é a alta concentração de açúcar nos refrigerantes. Isso causa um pico nos níveis de glicose sanguínea, levando à resistência à insulina.

Essa condição, por sua vez, está fortemente associada ao desenvolvimento e progressão de diversas doenças hepáticas, comprometendo a funcionalidade do órgão.

Continua depois da publicidade

Um especialista em fígado da USP alerta que o fígado é um órgão "silencioso", e os sintomas de doenças graves, como o câncer, muitas vezes surgem em estágios avançados.

"Quando os sintomas do câncer aparecerem, já está em uma fase mais tardia da doença", disse ele ao jornal O Globo. A cirrose é a substituição do tecido saudável do fígado por tecido fibroso, prejudicando sua função essencial.

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software