Durante os meses mais frios do ano, é comum recorrermos a banhos quentes e diminuirmos o consumo de água. / Freepik
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Durante os meses mais frios do ano, é comum recorrermos a banhos quentes e diminuirmos o consumo de água. Mas, segundo a dermatologista Doutora Natasha Veloso, esses hábitos aparentemente inofensivos podem ser grandes vilões da saúde da pele.
Em entrevista concedida recentemente, a especialista explicou de forma clara e didática como o frio impacta a hidratação e quais cuidados devemos adotar.
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Muita gente acredita que um banho quente no inverno é inofensivo ou até benéfico, mas a médica alerta: "Tomar banho prolongado de água quente é a pior coisa que você pode fazer para o estado de hidratação da pele"
Isso acontece porque o calor da água retira a oleosidade natural que protege a pele, algo comparável a lavar uma louça engordurada com água quente, que elimina toda a gordura. O resultado? Pele seca, com maior propensão à irritação e a doenças dermatológicas.
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Além disso, ficar submerso em água, como em banheiras ou piscinas, também pode desidratar a pele.
"Você não está hidratando, está perdendo água para o meio", explica a médica.
Durante o inverno, a umidade do ar cai e as temperaturas diminuem, forçando o corpo a ajustar sua produção de substâncias hidratantes. Essa resposta, no entanto, nem sempre é eficaz.
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"O frio muda o pH da pele, a produção de oleosidade e até a microbiota, podendo causar ou agravar problemas como dermatite seborreica, rosácea e psoríase", aponta a especialista.
Essas condições são comuns no inverno e estão diretamente ligadas à desidratação da pele e ao desequilíbrio da barreira cutânea.
A sede, segundo Doutora Natasha, é um "último recurso do corpo" para nos avisar da falta de água. Por isso, mesmo que você não sinta vontade de beber líquidos, é fundamental manter a ingestão constante durante os dias frios.
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Você bebe água o suficiente? Saiba o impacto da hidratação no fígado e na saúde geral
Sinais de desidratação incluem pele sem elasticidade, mais fina, com linhas marcadas e poros aparentes.
"A pele é o último órgão a receber água do que ingerimos. Então, se você não bebe o suficiente, ela sofre primeiro", explica.
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No frio, a rotina de cuidados com a pele precisa ser adaptada. Produtos usados no verão, voltados ao controle da oleosidade, não atendem às necessidades de uma pele que agora enfrenta o ressecamento.
A dica da especialista é investir em hidratantes com capacidade de penetrar na pele e reter água e gordura.
"Hidratantes que apenas criam uma película protetora não são suficientes", reforça.
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Além disso, o uso de protetor solar continua sendo obrigatório. "A radiação solar continua ativa mesmo nos dias nublados e frios. O sol do inverno também queima", alerta.
Não há um número exato para todos, já que a necessidade hídrica varia conforme peso, altura e metabolismo. Mas a recomendação média de 2 litros por dia continua valendo, lembrando que parte dessa hidratação pode vir de alimentos com alto teor de água.