A fábrica A Leoneza Comercial e Industrial foi fundada em 1904 no bairro Vila Mathias / Nilson Regalado/DL
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Famosa internacionalmente pelo seu porto e pelo protagonismo na exportação de café, a cidade de Santos, no litoral de São Paulo, também guarda em sua história um capítulo pouco conhecido, mas marcante: o da fabricação de doces de banana que conquistaram o Brasil e chegaram até a Europa no início do século XX.
Esse protagonismo teve como símbolo a fábrica A Leoneza Comercial e Industrial, que se destacou pela produção de delícias à base de banana, especialmente a bala de banana, um verdadeiro sucesso tanto no mercado local quanto no exterior.
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Fundada em 1904, a empresa tinha sua sede na Rua da Constituição, número 551, no bairro Vila Mathias.
Naquela época, a produção de banana na região era intensa. Entre 1905 e 1911, estima-se que Santos abrigava cerca de 3 milhões de bananeiras, o que impulsionou o surgimento de uma cadeia produtiva forte e dinâmica.
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Por volta de 1910, a cidade chegou a ser conhecida como o “Porto das Bananas”, devido ao grande volume de exportações da fruta, que ocupava o segundo lugar no ranking de produtos embarcados, perdendo apenas para o café, que consolidou o apelido mais famoso da cidade: “Porto do Café”.
A Leoneza soube aproveitar esse cenário de abundância e se tornou parte fundamental da indústria da banana.
Seus produtos, como a já mencionada bala de banana, além da banana santista e do bombom de banana, ganharam prestígio na região e notoriedade internacional, sendo exportados e reconhecidos inclusive na Europa.
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Dica do editor: Bala que marcou a infância de brasileiros vem do interior e teve venda milionária.
A origem do nome “Leoneza” permanece incerta. Duas versões tentam explicar a escolha: uma delas sugere uma homenagem à Serra Leoa, na África; outra hipótese é que o nome foi inspirado na cidade de León, na Espanha, país de origem da família fundadora da fábrica.
Apesar de seu fechamento em 1994, a Leoneza permanece viva na memória afetiva e na história econômica de Santos.
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Hoje, a cidade continua sendo lembrada por seu papel central no comércio cafeeiro e portuário, mas o legado doce da banana permanece como uma página saborosa e pouco explorada de sua trajetória centenária.