Na Suíça, até a pobreza desafia os estereótipos mais comuns / Freepik
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Na Suíça, até a pobreza desafia os estereótipos mais comuns. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o que seriam as “favelas” de Basileia e causam espanto ao revelar bairros organizados, limpos e com infraestrutura que supera a de muitas cidades ao redor do mundo.
O choque, sobretudo para brasileiros, está menos nas imagens e mais no conceito: pobreza, ali, tem outro significado.
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Viver em um bairro considerado pobre no cantão de Basileia não implica ausência de direitos básicos. Pelo contrário. Saúde, educação, segurança e serviços públicos funcionam plenamente, independentemente da renda ou do CEP.
Com um Índice de Desenvolvimento Humano de 0,967, segundo o PNUD, a Suíça garante padrões elevados de bem-estar até mesmo para quem está na base da pirâmide social.
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Nessas regiões, como Klybeck e áreas próximas às fronteiras, a diferença em relação aos bairros nobres não está no saneamento ou na infraestrutura urbana, mas no tamanho dos apartamentos, na maior densidade populacional e no estilo de vida mais agitado. Enquanto zonas ricas são silenciosas e quase vazias, os bairros populares são vivos, com crianças nas ruas, comércios locais e interação constante entre vizinhos.
Ao contrário da ideia de exclusão, essas áreas concentram diversidade cultural e social. São redutos de imigrantes turcos, africanos, asiáticos e latino-americanos que encontraram na Suíça oportunidades de trabalho e estabilidade.
Essa mistura se reflete no cotidiano, com mercados étnicos, barbearias movimentadas e uma convivência mais calorosa do que o padrão suíço tradicional, conhecido pela discrição.
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No coração da América do Sul, cidade se destaca com identidade própria e qualidade de vida
Outro fator decisivo é a localização. Muitos desses bairros ficam próximos às fronteiras com a França e a Alemanha, o que permite aos moradores fazer compras em euros e reduzir significativamente o custo de vida, especialmente com alimentação e produtos básicos.
Apesar do rótulo, essas zonas habitacionais apresentam características que destoam do imaginário de pobreza em países como o Brasil:
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Os prédios são simples, com blocos residenciais padronizados e sem o charme das vilas históricas, mas bem conservados e eficientes.
Ter um veículo não é sinal de luxo. Mesmo famílias de menor renda costumam ter carros, visíveis nas ruas e estacionamentos.
Com salários considerados altos em comparação ao restante do mundo, moradores dessas regiões ainda mantêm acesso a lazer, eletrônicos e serviços, algo impensável em contextos de pobreza extrema em outros países.
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