Diário Mais
Prepare os ouvidos! Relatos apontam que aves passaram a iniciar seu canto antes das 4h, evitando competir com o ruído da cidade
O bem-te-vi, pertencente à família dos Tiranídeos, é uma ave muito popular no Brasil e em outros países / Wikimedia Commons
Continua depois da publicidade
O canto dos pássaros logo pela manhã agrada a muitos e desagrada a outros. E, com o período de reprodução, que começa na próxima segunda-feira (22), e a urbanização crescente do Estado de São Paulo, esses sons se tornaram cada vez mais raros, pois são abafados pela poluição e pelo barulho diário.
Um exemplo é o sabiá-laranjeira, símbolo nacional, que está em vias de iniciar o seu período de reprodução e tem cantado cada vez mais cedo para ser ouvido.
Continua depois da publicidade
Relatos apontam que a ave passou a iniciar seu canto antes das 4h, evitando competir com o ruído da cidade e garantindo que consiga atrair uma parceira.
Apesar das mudanças, muitas espécies ainda cumprem a função de “despertadores naturais”. Além do sabiá, outros pássaros também costumam interromper o sono com seus cantos característicos.
Continua depois da publicidade
Veja também que as mudanças diárias nas cidades fizeram pássaros coloridos desaparecerem e preocupam especialistas.
Ave símbolo do Brasil, o sabiá-laranjeira é conhecido pelo canto melodioso que marca o início do dia. Em São Paulo, passou a cantar antes do amanhecer para evitar a poluição sonora da cidade.
Conhecido também como assobiador, matinta-pereira e fem-fem, mede entre 26 e 30 cm e apresenta plumagem castanha com listras escuras. Tem dois tipos de canto: um de 2 notas, usado para afastar rivais, e outro de 5 a 6 notas, comum ao amanhecer e entardecer. Na cultura amazônica, está associado a lendas que o retratam como prenúncio de desgraça.
Continua depois da publicidade
Popular em várias regiões do Brasil, mede entre 20,5 e 25 cm e pesa de 52 a 68 g. Tem dorso pardo, barriga amarela e listra branca na cabeça. Seu canto onomatopeico originou o nome e inspirou até músicas. É encontrado em cidades, matas e margens de rios, e recebe diferentes nomes em outros países e regiões.
Pequena, com 10 a 13 cm e cerca de 12 g, é facilmente reconhecida pelo canto melodioso no início da manhã. Conhecida também como maria-judia, cambaxirra e rouxinol, habita áreas modificadas pelo homem.
Com cerca de 15 cm, corpo pardo-acinzentado e faixa vermelha no pescoço, é amplamente conhecido no Brasil. O canto característico inspirou a canção “Tico-tico no Fubá”. Costuma cantar à noite em situações de susto, com notas diferentes do canto diurno.
Continua depois da publicidade
De plumagem azul-escura nos machos e parda nas fêmeas, mede cerca de 17 cm. Seu canto melodioso é ouvido ao amanhecer e no crepúsculo. Sociável, vive em bandos e se alimenta de sementes, frutas e insetos, auxiliando na dispersão de plantas. Está presente em áreas abertas, bordas de florestas e até regiões urbanas.
Com 13,5 cm e 20 g, tem plumagem amarelo-olivácea nas fêmeas e jovens, e totalmente amarela nos machos adultos. O canto começa a ser ensaiado pelos filhotes entre 4 e 6 meses, tornando-se pleno após 18 meses. É uma das aves mais apreciadas por criadores e facilmente encontrada em campos e áreas abertas.