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Aves piromaníacas podem causar incêndios florestais; entenda

A informação faz parte de um estudo e foi publicada no periódico científico Journal of Ethnobiology

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário do Litoral

Publicado em 18/09/2024 às 12:07

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De acordo com os cientistas, essas aves de rapina prosperam em incêndios florestais / Bob Gosford

Você sabia que existem três espécies de aves incendiárias que podem causar queimadas florestais? Pois é, elas são reais, vivem na Austrália e têm nome, são elas: Milhafres-pretos  (Milvus migrans), Milhafres-assobiadores (Haliastur sphenurus) e falcões-berigora (Falco berigora). A informação faz parte de um estudo e foi publicada no periódico científico Journal of Ethnobiology.

Como elas fazem?

Onde já tem fogo, os milhafres-pretos e, às vezes, os falcões-berigora pegam um graveto e levam para uma área não queimada para começar um novo incêndio. 

Há relatos de tentativas individuais e cooperativas, muitas vezes bem-sucedidas, de espalhar intempestivamente incêndios florestais por meio de uma única ocasião ou de repetidos transportes de gravetos em garras ou bicos.  

Por que fazem isso?

De acordo com os cientistas, essas aves de rapina prosperam em incêndios florestais. Elas sobem e descem perto das linhas de fogo do incêndio nas savanas tropicais da Austrália e fazem isso para ajudar na busca por comida, já que os insetos e outros animais ficam mais vulneráveis ao tentarem fugir das chamas.

“O milhafre-preto e o falcão-marrom vão até as linhas de fogo porque lá é um frenesi de caça. É um frenesi alimentar, porque saem dessas pastagens pássaros pequenos, lagartos, insetos, todos fugindo do incêndio.”, disse o ornitólogo, Bob Gosford.

Um comportamento um pouco parecido é dos  papa-formigas que vivem no Brasil,  que são aves que seguem as formigas de correição, entre outras, para capturarem os bichos que fogem do formigueiro, mas sem qualquer ligação com o fogo.

Ainda não está claro o quão comum é esse comportamento, mas os cientistas tentam descobrir sobre a frequência e se esta técnica é exclusiva dessas espécies, tanto na Austrália como no resto do mundo. Para isso, os pesquisadores planejam fazer experimentos em condições controladas. 

Vale lembrar que essa informação é uma curiosidade vinda de um país distante e que não tem nada tem a ver com os incêndios florestais que acontecem no Brasil.

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