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Ave sagrada de povo indígena, extinta há 125 anos, ressurge e surpreende cientistas

Espécie sagrada, considerada extinta desde 1898, está sendo reintroduzida em seu habitat natural através de projeto de conservação

Agência Diário

Publicado em 21/08/2025 às 10:28

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Essas aves não voam, mas correm bastante / Foto: Reprodução/YouTube

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O tacaé-do-sul, ave icônica da Nova Zelândia declarada extinta no século XIX, está fazendo um retorno triunfal à Ilha Sul. Pesquisadores conseguiram recuperar a população dessa espécie sagrada para a tribo Ngāi Tahu após sete décadas de esforços de conservação.

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Recentemente, 18 exemplares foram soltos no Vale de Greenstone, marcando um novo capítulo na história dessa ave pré-histórica. Com essa liberação, estima-se que a população de tacaés em vida livre chegue a 500 aves, número impensável há algumas décadas.

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O tacaé-do-sul, ave icônica da Nova Zelândia declarada extinta no século XIX, está fazendo um retorno triunfal / Foto: Divulgação
O tacaé-do-sul, ave icônica da Nova Zelândia declarada extinta no século XIX, está fazendo um retorno triunfal / Foto: Divulgação
Pesquisadores conseguiram recuperar a população dessa espécie sagrada para a tribo Ngāi Tahu
Pesquisadores conseguiram recuperar a população dessa espécie sagrada para a tribo Ngāi Tahu
Recentemente, 18 exemplares foram soltos no Vale de Greenstone, marcando um novo capítulo na história dessa ave
Recentemente, 18 exemplares foram soltos no Vale de Greenstone, marcando um novo capítulo na história dessa ave
Com essa liberação, estima-se que a população de tacaés em vida livre chegue a 500 aves
Com essa liberação, estima-se que a população de tacaés em vida livre chegue a 500 aves
A redescoberta do tacaé em 1948 nas montanhas de Murchison foi o ponto de virada para a conservação
A redescoberta do tacaé em 1948 nas montanhas de Murchison foi o ponto de virada para a conservação

O renascimento de uma espécie

A redescoberta do tacaé em 1948 nas montanhas de Murchison foi o ponto de virada para a conservação da espécie. Os esforços incluíram criação em cativeiro, santuários protegidos e controle rigoroso de predadores invasores como furões e gatos selvagens.

"A captura de furões e gatos selvagens reduziu o número de predadores e continua a mantê-los baixos", explica Deidre Vercoe, diretora do projeto Takahē Recovery. Essa medida foi crucial para permitir a reintrodução das aves em seu habitat natural.

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Conheça também o pássaro africano que foi trazido em navios negreiros se espalhou pelo litoral de São Paulo.

Desafios para a preservação

Como ave não voadora, o tacaé-do-sul é especialmente vulnerável a mamíferos introduzidos pelos europeus. Seus ninhos no solo e comportamento dócil os tornam alvo fácil para predadores invasores, exigindo vigilância constante.

O governo neozelandês investiu em múltiplas estratégias: desde translocação entre ilhas até programas de reprodução assistida. A meta é estabelecer populações autossustentáveis que possam prosperar sem intervenção humana constante.

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Veja também a ave que quer dominar o mundo e entenda por que ela se espalhou por São Paulo.

Herança cultural e ecológica

Para os maori, as penas verde-azuladas do tacaé são consideradas tesouros, e a ave tem profundo significado espiritual. Seu retorno às terras da tribo Ngāi Tahu representa mais que sucesso ecológico - é uma reconexão cultural.

Estudos indicam que essa espécie existe desde o Pleistoceno, sobrevivendo a eras glaciais. Agora, com ajuda humana, o tacaé-do-sul tem a chance de escrever um novo capítulo em sua história evolutiva.

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