Quatro telescópios poderosos observam um objeto incomum passando pelo Sistema Solar. / Freepik/Rawpixel.com
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Quatro dos mais poderosos telescópios do mundo – Hubble, SPHEREx, JWST e TESS – estão focados no cometa interestelar 3I/ATLAS, um objeto que desafia o conhecimento atual da astronomia com suas características surpreendentes.
Descoberto recentemente, este visitante cósmico, que passa pelo nosso Sistema Solar, apresenta uma "ativação precoce" e uma atmosfera excepcionalmente rica em dióxido de carbono, intrigando cientistas da NASA e ESA.
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As observações conjuntas prometem desvendar segredos sobre a formação de objetos interestelares, transformando nossa compreensão sobre o universo distante e a composição de seus elementos mais misteriosos.
As novidades vindas do espaço não param, e cientistas descobriram também uma caverna que pode servir como base espacial.
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O cometa 3I/ATLAS, terceiro objeto interestelar a cruzar nosso Sistema Solar, continua a surpreender. Cientistas da NASA e ESA utilizam quatro telescópios de ponta para entender suas propriedades singulares e seu comportamento inesperado.
Ele se destaca pelos dados coletados pelos telescópios Hubble, SPHEREx, JWST e TESS. Assim, esses equipamentos de última geração revelam uma natureza ainda desconhecida, despertando grande interesse na comunidade científica global.
Inicialmente, o cometa 3I/ATLAS foi detectado em julho de 2025. Contudo, dados do TESS revelaram que ele já estava ativo em maio, quando se encontrava além da órbita de Júpiter, a seis unidades astronômicas do Sol.
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Essa distância é superior ao limite de cinco unidades astronômicas onde os cometas normalmente se tornam ativos. Portanto, o 3I/ATLAS "despertou" muito antes do previsto, sugerindo algo singular em sua composição ou origem.
Confirmando pistas do TESS, os telescópios SPHEREx e JWST, em agosto, confirmaram uma atmosfera extraordinariamente rica em dióxido de carbono. Medições mostram uma proporção de 8 para 1 de CO2 para água.
Este é, de fato, um dos índices mais altos já observados em um cometa. Enquanto o Hubble estima um núcleo de 2,8 km, SPHEREx identificou uma nuvem de gás de 23 km, indicando uma composição peculiar.
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Além disso, a diferença na composição atmosférica pode indicar que o 3I/ATLAS se formou em um ambiente distinto. Assim, a estrutura dos gelos em seu núcleo pode ser a chave para desvendar este mistério cósmico.
Vale lembrar também que o telescópio espacial James Webb, que custou US$ 30 bi, também está no espaço.
No dia 29 de outubro, o cometa 3I/ATLAS atingirá seu ponto mais próximo do Sol. Entretanto, a Terra estará em uma posição desfavorável para observações diretas, pois ele ficará atrás do Sol para nossa perspectiva.
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Ainda assim, há esperança de que naves espaciais em órbita de Marte possam capturar imagens valiosas. Após sua passagem pelo Sol, o cometa se aproximará da Terra e, posteriormente, deixará o Sistema Solar.
Adicionalmente, março de 2026 reserva uma possível intersecção com a sonda Juno, que orbita Júpiter. Essa coincidência oferece uma oportunidade única para estudos mais aprofundados sobre sua natureza enigmática.
Cientistas trabalham intensamente para aproveitar o curto período de observação. A história do 3I/ATLAS tem o potencial de revolucionar nosso entendimento sobre objetos interestelares e a formação planetária.
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Por conseguinte, cada nova descoberta sobre este cometa contribui para um panorama mais completo do universo. Sem dúvida, este viajante cósmico é uma janela para o passado e futuro da astrofísica.