Retrato de um Jovem com Boina de Penas (c. 1650), de Ferdinand Bol. Imagem em domínio público / via National Gallery, Londres
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O mundo da arte adora um bom mistério, e alguns detalhes em pinturas clássicas continuam a desafiar a lógica temporal. Recentemente, um quadro do século XVII na National Gallery, em Londres, chamou a atenção por um detalhe que parece conectar o passado ao futuro: um menino usando o que parece ser um tênis Nike.
Esta curiosa observação nos pés do garoto Frederick Sluysken, retratado em 1650 por Ferdinand Bol, reacendeu o debate sobre anacronismos na arte. A questão é simples: como um calçado com o logotipo do famoso "swoosh" aparece em uma pintura se a marca esportiva só surgiria em 1964?
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Seria um truque de luz, um erro de restauração ou algo mais fascinante? Enquanto especialistas discutem, o público se diverte com a ideia de um "viajante do tempo" na arte. Essa divertida teoria alimenta o imaginário e prova que o inesperado sempre pode surgir em obras seculares.
A descoberta do suposto tênis foi feita por Fiona Foskett, uma visitante atenta da galeria. Ela percebeu o detalhe e perguntou à filha: "Espere aí, ele está usando um par de tênis Nike?". A dúvida rapidamente se espalhou, fazendo com que a National Gallery se surpreendesse com a repercussão.
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O menino no retrato usa vestes típicas do século XVII, como jaqueta preta e meias castanhas. Contudo, suas botas chamam a atenção pela marca que lembra inequivocamente a Nike, criando um contraste divertido e intrigante entre épocas tão distantes.
Este não é o primeiro caso de objetos que parecem "viajar no tempo" em obras de arte. Em 1937, por exemplo, o pintor Umberto Romano incluiu um objeto que lembrava muito um iPhone em um mural, setenta anos antes de o smartphone sequer existir.
Especialistas especulam que o objeto na pintura de Romano pudesse ser um espelho ou uma faca. Contudo, a semelhança com um dispositivo moderno é notável e bastante curiosa. O pintor faleceu em 1982, levando consigo o mistério e a explicação para o inusitado detalhe em sua obra.
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Casos como o do tênis "Nike" e do suposto "iPhone" mostram como a arte clássica pode guardar segredos e gerar interpretações inesperadas. Eles convidam o público a observar com mais atenção e a questionar o que vê, transformando a visita a um museu em uma caça ao tesouro visual.
Assim, enquanto especialistas debatem sobre a natureza desses "anacronismos" — se são efeitos visuais, coincidências ou erros —, o público se diverte e a arte continua a nos surpreender. Esses mistérios mantêm obras antigas relevantes e interessantes para as novas gerações.